Fernando Severo Altube apresentou a concurso a peça “Tik, Tik, Tik – Variaciones para piano sobre una canción infantil libanesa”, que arrebatou o primeiro lugar, e um prémio no valor de mil dólares norte-americanos (cerca de 930 euros).

Em segundo lugar ficou o compositor chinês Ma Hao, com a peça “Tsing Ya”, para violino e piano, e, no terceiro posto, o boliviano Daniel Alvarez Veizaga com “Parta”, canção sobre um poema quíchua, para tenor e piano.

Fernando Severo Altube nasceu em 1960 em Salta, na Argentina. Terminou o curso de piano com Medalha de Ouro, no Conservatório Nacional de Música Carlos Lopez Buchardo, em Buenos Aires.

Em 1989 recebeu uma bolsa da ex-União Soviética para estudar no Conservatório Estatal de Moscovo P.I. Tchaikovsky, onde obteve, em 1995, o “Master of Fine Arts”, nas especialidades de Composição e de ensino de Matérias Musicais Teóricas.

Como pianista solista e em agrupamentos de música de câmara apresentou-se na Argentina, Rússia, Lituânia, Espanha, Estados Unidos, Países Baixos e Portugal.

As suas obras foram interpretadas, entre outras, pela Orquestra Sinfónica Nacional da Argentina, a Orquestra Sinfónica da Galiza, o Quarteto de Cordas de Tóquio, o Quarteto Chilingirian, de Londres, o português Opus Ensemble e o Quarteto Latino-Americano.

Em 1996, Altube recebeu o Prémio do Concurso de Composição Juan Carlos Paz, organizado pelo Fundo Nacional das Artes da Argentina, e em 1999 o Prémio do Concurso de Composição Andrés Gaos, organizado pela assembleia municipal da Corunha, em Espanha. Por duas vezes consecutivas obteve prémios em concursos de improvisação no Conservatório Tchaikovsky. Em 2017, ganhou o 1º Prémio no WPTA-IPC International Composition Competition e o Prémio de Reconhecimento Embaixada Argentina.

De 1997 a 2015 foi professor de piano, de análise e professor acompanhador na Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi (AMBALT), em Setúbal.

De 2000 a 2015 foi também o maestro e arranjador da Orquestra Orff, em Setúbal, e diretor artístico da AMBALT.

Entre as estreias mais recentes de obras suas constam “Poema Incompleto”, para violeta e piano, com a violetista Ana Bela Chaves, em 2018, e “Palomitas”, o seu segundo quarteto de cordas, estreado em 2019, nos Estados Unidos, pelo Voyager Ensemble.

Em agenda está outra estreia, a d’“O Relógio Avariado de Deus”, para clarinete, violeta e piano, dedicada ao violetista David Yang e ao poeta, Ozias Filho, inspirada no seu poema homónimo.

O Sonus International Music Festival decorreu no final de outubro, através das suas plataformas digitais, reunindo músicos em torno da obra de Carlos Guastavino, este ano evocando também Alberto Ginastera e compositores contemporâneos.

O Sonus é um coletivo internacional de artistas dedicado à difusão da música de Carlos Guastavino e à apresentação e desenvolvimento de iniciativas dedicadas à preservação de expressões tradicionais, fundado pela pianista norte-americana Nancy Roldán, que durante anos dirigiu o concurso internacional de piano Liszt-Garrison, nos Estados Unidos.