Para a intérprete de «Parva que Sou», que se tornou um hino da designada geração indignada, visitar a África do Sul era um sonho antigo, agora tornado realidade pela participação no maior festival das artes de Joanesburgo, o Arts Alive.

“Há muito tempo que tínhamos o desejo de vir tocar em África, e especificamente à África do Sul. Para mim é um país que tinha imensa expetativa de conhecer, e ainda para mais vimos conhecê-lo trazendo a nossa música”, disse à Agência Lusa.

Para a vocalista dos Deolinda, a expetativa para o concerto no teatro The Mandela – Joburg Theatre é enorme e a banda, garante, irá dar tudo em palco para conquistar o público sul-africano e português de Joanesburgo.

“Vamos entregar-nos totalmente no concerto e esperamos que as pessoas gostem da nossa música da mesma maneira, para se entregarem a nós na mesma proporção”, referiu a cantora, para quem cantar para audiências multiculturais não é nada de novo.

“O reportório propriamente dito não é ajustado em função da audiência. Só o é em função do concerto ser ao ar livre ou num auditório. Num auditório fazemos um alinhamento mais calmo, ao ar livre um alinhamento mais rápido, mais prá frente. No entanto, aquilo que fazemos é tentar chegar às pessoas que não entendem as letras através de uma comunicação entre canções. Dirijo-me ao público explicando e enquadrando algumas canções”, explicou Ana Bacalhau.

Os Deolinda chegaram ontem a Joanesburgo, tendo sido obsequiados ao fim da tarde com uma receção na residência do cônsul-geral de Portugal na cidade, Carlos Marques, para a qual foram convidados diplomatas, jornalistas e personalidades da sociedade sul-africana e comunidade portuguesa.

Hoje a banda portuguesa atuará no festival multicultural anual Arts Alive, que na edição de 2011 conta com artistas das mais diversas disciplinas de África, das Américas, da Europa e da Ásia.

@Lusa