O disco, gravado no Porto no verão passado e a sair agora pela londrina Fuzz Club, está já disponível para pré-encomendas na plataforma Bandcamp e vai ser composto por seis faixas (mais duas do que a estreia, “Dirty Tracks for Clubbing”), sendo já possível escutar o tema “denial”.
A banda de Halison Peres, Tomás Brito e João vai buscar influências “à repetição minimal do krautrock, ao techno industrial e à EBM” e explora assim “as fronteiras destes géneros com força” no seu segundo disco.
“Nas seis faixas do álbum, esculpem um som cheio de adrenalina que é igualmente apropriado para salas traseiras escuras e suadas e à pista de dança. Apesar de o seu som poder ter a discoteca na mira, esta é uma música de dança orgânica que é igualmente punk e psicadélica, tocada por um ‘power trio’ de guitarra-bateria-baixo que dispara com todos os cilindros, sem um sintetizador à vista”, pode ler-se na descrição.
Em conversa telefónica com a Lusa, em setembro, os três elementos do grupo nascido em Lisboa atribuíram a receção do público à energia positiva de quem os rodeia: “Essa energia de várias pessoas, que estavam a querer que nós tivéssemos oportunidades e exposição, e essas pessoas todas a pensar no mesmo e a sentir o mesmo, parece que o universo fez acontecer também”.
“O pós-covid trouxe um ciclo novo para todas as pessoas e você poder ir a um concerto e poder dançar e se libertar e curtir é sempre fixe, as pessoas têm procurado isso mais, viver o momento. Às vezes, fazer planos a longo prazo pode ser um tiro no pé, porque pode aparecer qualquer problema”, disse o baterista, letrista e vocalista Halison Peres.
Para o guitarrista João, as oportunidades que foram surgindo – e sendo aproveitadas – aconteceram “porque o circuito é diferente de há cinco anos” e por hoje não haver tantos conjuntos com um som semelhante ao que Máquina (nome muitas vezes estilizado com carateres em cirílico e com um ponto final) estão a fazer.
“O pessoal quer é dançar e está com vontade de se mexer, ir para concertos, estar com pessoas”, acrescentou o guitarrista da banda que, ao longo dessa entrevista, mencionou por várias vezes o nome da agência Pointlist e do seu fundador João Modas.
De acordo com o Instagram do grupo, os próximos concertos vão acontecer no Basqueiral, em Santa Maria da Feira (dia 6 de março, já esgotado), em Vigo, no dia seguinte, no Lustre, em Braga, no dia 8, e no Ceira Rock Fest, em Coimbra, no dia 9.
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