O sucessor de “Golden Era”(2008) e de “Light & Darks” (2010) é constituído por 12 canções e marca o regresso da cantora aos discos. “Ao contrário dos discos anteriores, foi a primeira vez que o título apareceu já no final do processo de gravação. E embora cada canção tenha um peso lírico concreto, é o todo que faz sentido. E este título, 'Life Is A Second Of Love', representa-o no seu sentido total - a vida para mim neste momento é mais real do que nunca e só é vivida em pleno com uma grande generosidade para com os outros e nós próprios. E é breve. É quase um momento ou um segundo”, revela a cantora em comunicado.

Para Rita Redshoes, “Life Is A Second Of Love”, representa o ponto de maior maturidade artística da sua carreira. Gravado no final de 2013, começou a ser composto há já cerca de quatro anos. Os temas que o constituem (e muitos outros que ficaram de fora) conviveram com as apresentações ao vivo de “Lights & Darks”, com os concertos de “The Other Women – O mundo nas canções d’elas” - o espetáculo de homenagem às autoras, compositoras e intérpretes que a inspiraram - ou ainda com a criação de bandas sonoras para alguns filmes, das quais se destaca “Estrada de Palha”, distinguida com o Prémio Sophia atribuído pela Academia do Cinema Português. Este percurso levou Rita Redshoes até ao seu “disco mais pessoal e mais real”.

“Creio que nunca tinha tido a coragem de escrever assim e ao mesmo tempo encontrar as melodias certas para o que estou a dizer”, sublinha. “Foram anos complexos a vários níveis: ressacas de discos, os sucessos, os insucessos, as alterações nas relações, a vida e a morte, o ser mulher a fazer o que faço... Tudo isso está lá e, ainda que estivesse presente nos outros discos, surge agora de uma forma mais clara e assumida.”

As gravações decorreram entre Portugal e Brasil com a produção a ficar a cargo de Gui Amabis, músico, compositor e produtor oriundo de São Paulo que, para além de dois discos em nome próprio integrou o coletivo Sonantes (com Céu, Rica Amabis e Dengue) e conta no seu currículo com produções para os brasileiros Céu, Rodrigo Santos, entre outros, e participações em várias bandas sonoras. “A escolha do Gui prendeu-se com o facto de perceber que as nossas referências musicais são muito semelhantes, em que a melodia e as palavras têm importância, em que se cultiva o classicismo dos arranjos. Precisava de alguém que me ajudasse a gerir o espaço para a minha voz e o silêncio que faz parte da música. A experiência comum ao nível das bandas sonoras levou também a que o caminho, a forma de ouvir e as opções estéticas fossem coincidentes”, explica a cantora.

A colaboração com Gui Amabis estendeu-se ainda ao dueto no tema “Curve Dance Dreams”. Os brasileiros Regis Damasceno (guitarra e baixo) e Dustan Gallas (guitarra) encerram as participações do outro lado do Atlântico. A nível nacional, para além de Rui Freire, habitual baterista do projeto, “Life Is A Second Of Love” tem ainda colaborações de Ana Cláudia Serrão no violoncelo e, numa participação que se estende a várias canções do álbum, nos coros, Afonso Cabral, David Santos (aka Noiserv) e Salvador Menezes, membros do coletivo You Can’t Win, Charlie Brown.