O disco homónimo de estreia, é lançado na quarta-feira com edição física, pela Lovers & Lollypops, e já pode ser ouvido a partir de hoje nas plataformas digitais, com 10 temas que bebem do punk, do thrash e do rock’n’roll.
“Foi primeiro uma brincadeira. Não há nada de extraordinário nesta história, somos quatro amigos a querer ‘rockar’. É o normal. [...] Nós gostamos do rápido, das faixas rápidas, de resolver as coisas rapidamente, e a expressão de ver a cobra a fumar apareceu e identificamo-nos”, contou à Lusa Miguel Azevedo.
O guitarrista juntou-se a Rui Pedro Martelo (baixo e vozes), José Roberto Gomes (guitarra e vozes) e Luís ‘Chaka’ Santos (bateria) no pico da pandemia de COVID-19, já depois de se terem cruzado em palcos, por estarem envolvidos noutras bandas, como os Greengo, os Kilimanjaro ou os Plus Ultra, e também no bar portuense Woodstock 69.
Este grupo de “proto veteranos”, que também tinha o centro comercial Stop como ponto de encontro, ligou-se ao ditado premonitório da cobra e à amizade para ir fazendo, através de uma janela na rede social WhatsApp, um ‘riff’ ou outro que foi evoluindo até estas 10 faixas.
“As energias alinharam e a coisa partiu muito rápido daí. [...] O Stop ia abrindo e fomo-nos juntando lá. Montámos as músicas em relativamente pouco tempo, em um ou dois meses já tínhamos o grosso do que agora é lançado como LP”, descreveu Miguel Azevedo.
O conceito unificador prende-se sobretudo com “esta vertigem, uma coisa rápida e explosiva”, além das letras em português, a mostrar a “matéria do aço/até te desfaço” de que são feitas e que cantam no ‘single’ de apresentação.
“O disco foi gravado para aí em 20 horas, não mais. Tudo ‘live takes’, sem metrónomos ou tangas. É muito semelhante no disco ao que fazemos ao vivo. [...] ‘A vida é um buraco’, ou a “Coma do Rock”... São 10 canções rápidas com frases associadas”, disse o músico.
Se “Na Fina Peneira” tem um cariz “mais ‘sociopunk’, ou político, de inclusão e patadas nos fascistas”, o disco não é necessariamente político, como os membros da banda, mas mais “cinematográfico”, fazendo conviver a imagética “de balcão de bar, de andar à porrada”, com uma “cena de ‘gang’” invencível que querem estender ao público.
“Nenhum de nós tem uma mensagem maior, não há uma agenda escondida. [...] A ideia é de ser muito rápido, de virem atrás de nós, os quatro cavaleiros. É essa cavalgada”, afirmou Miguel Azevedo.
O disco é apresentado quarta-feira no Woodstock 69, em São Roque da Lameira (Campanhã, Porto), e depois em Lisboa, no Musa, a 7 de julho, estando os Cobrafuma já confirmados também nos festivais Basqueiral e L’Agosto.
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