Pouco depois da meia noite e meia, a emoção das 100 mil pessoas que encheram a Cidade do Rock começou a aumentar quando, nos ecrãs gigantes do Palco Mundo do Rock in Rio Brasil, começaram a rodar capas de discos, de revistas e fotografias dos Aerosmith.

O arranque da última viagem da banda de Steven Tyler, Tom Hamilton, Joey Kramer, Joe Perry e Brad Whitford no Rio de Janeiro - a "Aero-vederci Baby!!!"  foi apresentada como a digressão de despedida dos norte-americanos, mas já foram lançadas pistas em contrário para o ar - foi ao som de  "Let The Music do The Talking", de 1985, com o vocalista Steven Tyler e o guitarrista Joe Perry a desfilarem pelo corredor central com os cabelos ao vento

Em poucos minutos, os “meninos maus de Boston” fizeram o público suar. Depois de "Elevator", a banda entregou "Cryin'", outro dos grandes sucessos dos Aerosmith e que foi como uma flecha aos corações dos fãs.

Depois, a banda seguiu viagem por temas menos populares, apostando em longos solos de instrumentos e que cortaram um pouco o ritmo do concerto. Mas a emoção voltou a subir quando começaram a soar os acordes de "Crazy".

A festa continuou com "I Don't Wanna Miss a Thing", "Come Together" (dos Beatles), "Sweet Emotion" e terminou com "Dude", "Dream One" e "Walk This Way".

Durante quase duas horas, os Aerosmith provaram porque é que ainda são considerados uma das maiores bandas de rock n’ roll norte-americanas - e desengane-se que são apenas os mais velhos a gostar: no Rio Brasil as gerações, desde adolescentes dos anos 1990 até aos mais velhos que andavam no liceu nos anos 1970-80, juntaram-se para cantar a uma só voz.

Veja as imagens dos concertos desta quinta-feira:

Antes dos Aerosmith, os Def Leppard subiram ao Palco Mundo do Rock In Rio Brasil. A banda que cancelou a participação na primeira edição do evento, em 1985, mostrou o seu hard rock, mas não conseguiu convencer o público que foi reagindo com pouco entusiasmo.

Os Fall Out Boy também passaram esta quinta-feira, 21 de setembro, pelo Rock in Rio Brasil. O grupo norte-americano subiu ao Palco Mundo e, além da viagem pelos temas mais marcantes da carreira, apresentou duas canções do disco "Mania", que será lançado em janeiro de 2018.

"Sugar we're going down" abriu o concerto e o público reagiu bem. A viagem nostálgica ao hardcore do início do século animou o público, que se foi desligando do concerto à medida que os Fall Out Boy iam apresentando temas novos.

Já no Palco Sunset, Alice Cooper foi o grande protagonista. Rodeado de fantasmas em palco e com a sua característica maquilhagem, o músico provou que o rock ainda lhe corre e bem nas veias: energia não lhe falta, a voz está em sintonia e o sorriso não deixa dúvidas - nasceu para estar em cima do palco a fazer vibrar multidões.

Mais que um músico, Cooper é uma das personagens mais marcantes do rock - não é só na pop que há figurinos. No palco do Rock in Rio Brasil, o cantor ofereceu ao público um verdadeiro concerto teatral que merecia ter sido encenado no Palco Mundo - foi um dos concertos mais celebrados do Palco Sunset e que ficará na memória de muitos dos fãs porque, afinal de contas, não é todos os dias que temos a oportunidade de ver um concerto tão intimista (a dimensão do palco aproxima o público) de um dos artistas mais marcantes dos anos 1970 e 1980.