Segundo a Fundação Dom Luís I, que promove estas residências internacionais de escrita, a romancista e ensaísta Anne Akrich chega hoje a Cascais, onde ficará a residir até 14 de fevereiro.
Anne Akrich nasceu em Paris, em 1986, filha de mãe polinésia e de pai judeu tunisino, passou a adolescência no Taiti, estudou Literatura na Sorbonne, trabalhou como argumentista em Nova Iorque e foi jornalista em França.
A autora já publicou romances e ensaios conhecidos pelo seu caráter “belicoso”, o último dos quais, “O Sexo das Mulheres. Fragmentos de um discurso belicoso”, foi publicado em setembro de 2023 em Portugal, pela Quetzal, estreando a autora no mercado nacional.
Trata-se de um ensaio que aborda, com aparente humor, o sexo, a feminilidade e, por vezes, a negação do desejo feminino pelos homens.
A sua carreira literária começou em 2015 com “Un mot sur Irene” e, em 2018, escreveu o romance “Il faut se méfier des hommes nus”, sobre a “biografia tragicómica” de um monstro sagrado do cinema, Marlon Brando, e sobre o Taiti, descreve a fundação.
Esta é a décima residência literária internacional, com caráter regular, que se realiza em Cascais, depois de por aqui terem passado Olivier Rolin (em 2018), o romancista norte-americano Michael Cunningham (maio a julho de 2019) e o romancista inglês Jonathan Coe (outubro a dezembro de 2019).
Depois de um interregno de um ano, seguiram-se o romancista espanhol Javier Cercas (junho a julho 2021), a romancista brasileira Nara Vidal (novembro 2021), o romancista italiano Sandro Veronesi (abril 2022), o poeta húngaro András Petöcz (outubro 2022), a ensaísta norte-americana Noura Erakat (junho a julho de 2023) e a escritora e jornalista franco-marroquina Leïla Slimani (outubro de 2023).
Estas residências integram-se na ação cultural da Câmara Municipal de Cascais, são coordenadas pela escritora e crítica literária Filipa Melo e efetuadas exclusivamente por convite.
Esta iniciativa proporciona a cada autor residente uma estada de dois meses na vila de Cascais, dispondo de um espaço para alojamento e um espaço para criação, que lhes permite “mergulharem num ambiente de refúgio” propício para relaxar e criar trabalhos, bem como contactarem de forma privilegiada com Portugal e a cultura portuguesa, descreve a fundação.
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