“O programa oficial contou com um total de 894 pessoas e 21 palcos oficiais: 544 artistas, 181 facilitadores, 69 assistentes e 100 terapeutas, proporcionando mais de 430 horas de música aos visitantes do Festival”, disse à agência Lusa Artur Mendes, membro da organização.

A 13.ª edição deste festival bienal, que se realiza em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, promoveu cerca de 142 horas de conferências e palestras na “Liminal Village” e 165 ‘workshops’, com mais de 230 horas, dedicadas, entre outros, à meditação (Samadhi) ou ao yoga (Aerial Yoga), no espaço “Being Fields”.

“As 652 crianças presentes, provenientes de 39 países, usufruíram de 88 horas de programação especifica no espaço ‘young dragons’, supervisionado por 33 facilitadores”, salientou.

A organização adiantou que estiveram na Boomland cerca de 40 mil visitantes, sendo que 15% eram portugueses.

“Penso que as mais de 40 mil pessoas que estiveram no Boom gostaram muito desta edição. A paragem forçada elevou muito as expectativas, realmente tinha de sair tudo bem. E isso aconteceu. Estamos muito contentes”, sublinhou.

O Programa Boom Bus, composto por 176 autocarros, transportou ‘boomers’ para o Festival e ajudou a reduzir a pegada ecológica, e a promover a mobilidade partilhada.

“Vieram de automóvel 6.737 ‘boomers’, 120 vieram de bicicleta, 5.543 deslocaram-se a pé e estiveram presentes 1.674 de autocaravanas”, refere a organização.

Artur Mendes disse ainda que os 44 restaurantes em funcionamento durante o Festival, ofereceram, em 85% dos casos, opções vegetarianas e/ou vegan, compostas em cerca de 70% com produtos da região de Castelo Branco, metade dos quais do concelho de Idanha-a-Nova.

“Quinze por cento dos fornecedores da Cantina Boomland eram de Idanha, 32% da região de Castelo Branco e os restantes 53% de outras regiões do país”, frisou.

A recolha de resíduos durante o evento esteve diariamente a cargo de mais de 200 pessoas, que supervisionaram 293 ecopontos, ou seja, 497 divisórias de reciclagem, e 238 contentores de resíduos sólidos urbanos.

A organização também não permitiu a presença de garrafas de plástico no recinto do Festival.

“Na edição de 2022, pusemos à prova a nova estação de tratamento de águas residuais da Boomland, com capacidade para armazenar até sete milhões de litros de água e tratar quase 100% da água consumida no Festival”, frisou o responsável.

O Boom Medical Service do Boom, composto por um hospital equipado, um posto médico, dois postos avançados de emergência junto aos palcos principais e vários espaços de primeiros-socorros, teve em serviço de assistência permanente (24 horas), cinco médicos, acompanhados por outras equipas de especialistas, entre os quais, três psiquiatras, três enfermeiros, dois fisioterapeutas, psicólogos e outros terapeutas.

A equipa que organizou a 13ª edição do Boom Festival envolveu mais de 2.100 pessoas, provenientes de 59 nacionalidades.

Artur Mendes deixou ainda uma palavra de “apreço e de agradecimento” a todas as autoridades envolvidas, às dezenas de pessoas que ajudaram a realizar este evento e, em especial, ao presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.

“A sua capacidade para juntar as peças todas, mesmo nos momentos mais difíceis, colocam-no num patamar que tem de ser sublinhado”, realçou.

“Estou também a pensar na Proteção Civil, nos delegados de saúde pública, e nos bombeiros, estou a pensar nos médicos e enfermeiros... e, claro, não me esqueço da GNR, fundamental para a boa gestão das entradas, para a circulação das pessoas e para reforçar as medidas de autoproteção. Há três palavras-chave: trabalho, coordenação e sentido cívico. Tenho a perfeita noção de que a organização, público e autoridades. Todos puxámos para o mesmo lado. O êxito pertence, portanto, a todos”, concluiu.