Bruxelas é uma "cidade pop", diz o artista, que vive em Paris, à AFP. É como "um grande Bataclan do ponto de vista cultural", afirma, referindo-se à famosa casa de espetáculos de Paris, que foi alvo de um dos ataques de novembro na capital francesa.
O cantor, que viveu em Bruxelas dos seis aos 20 anos de idade, considera os belgas pessoas "generosas com os estrangeiros".
"Fizeram de mim cidadão honorário (em 2005) apenas por ter cantado" uma música em homenagem à cidade, lembra.
Annegarn diz-se "sensível" à dor das vítimas, mas considera que é também necessário olhar para os habitantes dos "bairros sensíveis".
"É um conflito no qual se tenta colocar um contra o outro: o objetivo do Daesh (sigla em árabe do grupo Estado Islâmico) é que os europeus sejam mais racistas, que as pessoas tenham medo".
A hashtag #BruxellesMaBelle (Bruxelas, minha bela), primeira frase da canção "Bruxelas", está a ser amplamente utilizada no Twitter para enviar encorajamento e carinho para a cidade e para os seus habitantes, após os ataques que fizeram mais de trinta mortos.
"Voltará a ver-se, Bruxelas, mas eu não voltarei a ser como me conheceu, eu estarei abatido, cansado, mas terei voltado", afirma a canção profética, escrita logo após o cantor deixar a cidade para ir para Paris.
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