“É um momento muito importante para a comunidade de Mação relativamente a um espaço de memória, cultura e vivências de milhares de maçaenses, um edifício histórico e emblemático do concelho e que tivemos o gosto de poder recuperar e que vamos devolver agora à comunidade”, disse à Lusa, o autarca de Mação (Santarém), Vasco Estrela (PSD).

O projeto de requalificação, que manteve a traça do edifício, representou um investimento global de cerca de 850 mil euros, incluindo o recheio do equipamento cultural, tendo a Câmara Municipal contado com um apoio na ordem dos 300 mil euros no âmbito do PARU - Plano de Ação de Regeneração Urbana.

“É um esforço financeiro significativo, mas em boa hora decidimos avançar para a requalificação do cineteatro, a par da remodelação do bar de apoio e espaço exterior envolvente, porquanto o edifício estava muito necessitado desta intervenção e já não reunia os requisitos mínimos para acolher espetáculos ou outro tipo de iniciativas”, notou Estrela.

A intervenção no interior englobou trabalhos ao nível da modernização dos equipamentos, de som e projeção, do telhado e climatização, cadeiras, camarins e palco, entre outros, a par de um aumento da plateia e da volumetria para receber uma caixa de palco adequada, assim como em tetos, paredes e pavimentos, e outros trabalhos relacionados com a rede de abastecimento de água, esgotos, segurança contra incêndios, instalação de equipamentos elétricos, climatização e rede estruturada de telecomunicações e informática.

O rés-do-chão tem o auditório, ‘foyer’ com um espaço de apoio aos utilizadores, um balcão de atendimento, espaço de bar (também de apoio à esplanada) e sanitários.

Já no primeiro piso, o Salão Nobre é um espaço para exposições, pequenos colóquios ou ações de formação. Neste piso foi ainda preparado um Espaço de Memória do cineteatro, com alguns elementos antigos, uma resenha histórica do espaço e do próprio teatro em Mação.

O Cineteatro de Mação foi inaugurado nos anos 50 e intervencionado na década de 80 do século passado, estando, há alguns anos, "sem condições de utilização cómoda e segura, e há mais de uma década sem cinema", o que vai mudar a partir de agora.

“Agora, com mais e melhores condições, as associações vão poder produzir e apresentar ali os seus espetáculos e o próprio município vai dinamizar uma agenda cultural com outra densidade”, disse Vasco Estrela, tendo destacado “o regresso do cinema, com regularidade, assim como todos os espetáculos ao nível teatral, musical, colóquios, e exposições”, entre outros.

As obras de requalificação arrancaram em outubro de 2020.

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