O público deste concerto dos Indochine não precisou de manter o distanciamento, mas foi obrigado a usar máscaras.

Durante a atuação, um dos membros do grupo, Nikolas Sirkis, pediu ao público que "fizesse barulho" pelo trabalhadores sanitários, os cientistas e, também, para prestar homenagem "a todos os mortos pela COVID-19".

A experiência, que já foi realizada noutras partes da Europa, foi adiada várias vezes em França e ocorre num momento em que a situação de saúde está a melhorar e a vacina está prestes a ser oferecida a todos os adultos.

Neste momento, em França, este tipo de evento é autorizado, mas desde que a distância de quatro metros quadrados entre cada pessoa seja respeitada, o que obrigou ao cancelamento de muitos porque se tornaram financeiramente insustentáveis.

O concerto deste sábado pretendia mostrar que se os espectadores fizerem um teste de diagnóstico e este apresentar resultado negativo, não correm o risco de serem contaminados.

O público tinha entre 18 e 50 anos e não devia apresentar nenhuma patologia que provoque o risco de morte em caso de infeção, como diabetes ou obesidade grave.

"Há meses que não temos tido concertos. Voltar a ver a multidão faz bem, devolve o gosto pela vida", disse Loïs, uma técnica de laboratório de 30 anos, que conseguiu um lugar perto do palco.

Experiências anteriores, na Espanha e no Reino Unido, não mostraram riscos elevados de infeção.

Mas os resultados encorajadores do primeiro evento-teste europeu, realizado em Barcelona em dezembro, são difíceis de extrapolar devido às "rígidas" condições de prevenção que foram impostas, alertou um estudo publicado na sexta-feira.