A redução em mais de metade da programação habitual de récitas e concertos, deve-se às restrições impostas pelo combate à pandemia de COVID-19.
O Festival de Salzburgo costuma decorrer durante mês e meio, de meados de julho a final de agosto. Nas últimas edições, mobilizou mais de 250 mil pessoas, para cerca de 200 concertos, recitais e récitas de ópera, em dezena e meia de palcos da cidade, em produções que exigiram um orçamento global superior a 60 milhões de euros. A atividades deste ano passou a 90 concertos, em seis locais distintos, durante 31 dias.
A direção do festival disse que a programação definitiva deste ano será apresentada no início de junho, pelo diretor artístico, Markus Hinterhäuser. Todas as produções anunciadas previamente e que não vierem a realizar-se, deverão ser reprogramadas para a edição de 2021, adiantou a direção.
O festival apresentava-se confiante num sucesso de público, no passado mês de janeiro, quando já contava mais de 180 mil bilhetes vendidos e uma receita superior a 24 milhões de euros.
A direção fala agora num desafio, proceder ao reembolso da bilheteira, depois de já ter cancelado o Salzburg Whitsun, em maio, festival dirigido por Cecilia Bartoli, dedicado ao repertório de tradição barroca.
Para a temporada reduzida, a anunciar, a direção vai dar prioridade aos que já tinham adquirido bilhetes. E garante que todos os que já tinham comprado ingressos, serão contactados pessoalmente.
Além da Filarmónica de Viena e da Filarmónica de Berlim, o programa original previa a atuação de orquestras como a Sinfónica da Cidade de Birmingham, a West-Eastern Divan, a Musica Aeterna e a Orquestra dos Campos Elísios, o Concerto das Nações, de Jordi Savall, um programa especial dedicado aos 250 anos do nascimento de Beethoven, e a estreia de novas produções operáticas, como "Elektra", de Richard Strauss, "Tosca", de Puccini, "Neither", de Morton Feldman, e "Don Giovanni" e "A Flauta Mágica", de Mozart.
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