Promovida pela AIAR – Associação de Desenvolvimento pela Cultura, a 4.ª edição do festival vai passar pelos concelhos alentejanos de Alandroal e Vila Viçosa, no distrito de Évora, Arronches, Campo Maior e Elvas, no de Portalegre, e pelos municípios espanhóis de Badajoz e Olivença, na Estremadura.

Em declarações à agência Lusa, o diretor do Festival Sons do Guadiana, Artur Pinheiro, explicou que o objetivo do evento passa por “desassossegar culturalmente” a região da raia, apresentando uma programação em “locais inesperados”, como restaurantes.

“Vamos desenvolver sessões de poesia em restaurantes, fazendo uma recolha do que é a tradição oral, dar a oportunidade ao poeta em palco ou num encontro de apresentar a sua arte”, disse.

Artur Pinheiro explicou ainda que o festival pretende “reavivar algumas tradições”, nomeadamente em jantares vínicos e em festas em pátios, uma vez que a “essência” do evento engloba “várias expressões culturais”.

Dando destaque à poesia, gastronomia, ao trabalhar do barro, à dança, entre outras vertentes, o certame pretende, “tal como o rio Guadiana, que segue o seu curso”, desenvolver uma “dinâmica de diálogo” com os agentes culturais da região, entre outras entidades.

O Festival Sons do Guadiana, que envolve um conjunto de 80 atividades ao longo de três meses, vai contar com 30 sessões de poesia desenvolvidas em restaurantes.

Outra das iniciativas do programa é a realização do 1.º Encontro Ibérico de Poesia Popular, que vai decorrer ao longo de cinco sessões, entre os dias 10 de junho e 27 de julho, no Mercado Municipal de Alandroal, no Santuário de Bótoa (Badajoz), no Mercado Municipal de Arronches, no Centro Comunitário de Campo Maior e em Elvas.

Além da gastronomia dos dois países, que também vai marcar presença na programação, com destaque para uma conferência em Elvas a 13 de junho, o festival vai contar com a realização de um arraial de Santos Populares, no dia 14 do mesmo mês, em Campo Maior.

“Queremos criar um desassossego cultural. Não queremos que seja um festival isolado, só com um tema, queremos mostrar as várias expressões culturais, desde a cultura gastronómica àquilo que é a poesia popular, artes, tradições, ir um pouco às origens”, frisou Artur Pinheiro.

O festival engloba ainda um passeio de barco, no dia 6 de julho, pelas 11h00, estando o espetáculo de encerramento agendado para o dia 27 do mesmo mês, na Praça da República, em Elvas, pelas 22h00.

De acordo com a organização, este espetáculo “vai ser temático” e envolve artistas de Elvas, Campo Maior, Olivença e Badajoz.