James Cameron falou pela primeira vez sobre os eventos à volta do submarino Titan, que estava desaparecido desde domingo e cuja "implosão catastrófica" que matou os cinco tripulantes foi confirmada esta quinta-feira.
Em declarações à ABC News, o realizador de "Titanic" diz estar "impressionado" com as semelhanças com a tragédia de 1912 depois da descoberta de vestígios do Titan a 500 metros dos destroços do lendário navio, que se afundou durante a viagem inaugural.
"Estou impressionado com a semelhança com o próprio desastre do Titanic, onde o capitão foi repetidamente avisado sobre o gelo à frente do seu navio e ainda assim navegou a toda velocidade num campo de gelo numa noite sem lua e, em consequência, muitas pessoas morreram", disse o realizador de "Titanic".
"E com uma tragédia muito semelhante, onde os avisos foram ignorados para ocorrer exatamente no mesmo local, com todos os mergulhos que acontecem em todo o mundo, acho que é assombro. É realmente surreal", acrescentou.
Cameron mergulhou 33 vezes até aos destroços do navio e conhecia uma das cinco vítimas, o francês Paul-Henri Nargeolet.
"Passei mais tempo no navio do que o capitão naquele dia", recordou.
"Muitas pessoas na comunidade estavam muito preocupadas com este submarino", notou.
"Alguns dos membros mais importantes da comunidade de engenheiros de submersão profunda até escreveram cartas à empresa [OceanGate] a dizer que o que eles estavam a fazer era demasiado experimental para transportar passageiros e que precisava ser certificado e assim por diante", recordou.
"O Paul-Henri Nargeolet, lendário mergulhador, um amigo meu. Conheço o PH há 25 anos e é quase impossível para mim processar que ele tenha morrido tragicamente desta forma", disse.
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