Domingo, por regra, é o dia de descanso e sossego, mas também para os mais religiosos, o dia da missa. Quem foi ao Parque Eduardo VII, no segundo dia do Lisb-on, a 6 de setembro, teve oportunidade de se render ao som de Todd Terje, mas também de Jazzanova ou Michael Mayer.

Um segundo dia de cara lavada. Após o descalabro que tinha sido o primeiro dia, a organização mostrou-se empenhada em mostrar como as coisas podiam ser melhores. E conseguiram. Nem se pode comparar.

Por isso mesmo, a música foi mesmo o destaque, começando desde logo por Mr. Herbert Quain. O português, que era um dos musts a ver no festival, não desiludiu e durante pouco mais de uma hora entreteve aqueles que dançavam à sombra. Só os mais aventureiros e os que queriam ganhar um pouco mais de bronze é que se metiam perto das grades.

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Pouco depois subiu ao palco Andras & Oscar. O duo australiano permitiu manter o tom chill, sem preocupações no Parque Eduardo VII, antes de entrar em cena a banda Jazzanova. Com oito elementos, a banda alemã animou por duas horas o Jardim Sonoro com a mistura de jazz e bossa nova. Liderados por Paul Randolph, que se expressou ainda num português do Brasil muito aceitável, animaram e de que maneira. Mas nada se compara para o que estava para vir.

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Todd Terje. Só de recordar o concerto, voltam à tona as saudades. Um concerto que soube a pouco apenas no que toca à duração. Uma hora foi manifestamente pouco, mas também se tivesse mais tempo, até que ponto as pernas aguentavam? Com Inspector Noise religiosamente guardado para o fim, o álbum It's Album Time fez do final da tarde no Marquês uma bonita ode ao verão, com o Delorean Dynamite também com destaque. Se no Primavera Sound, no Porto, tinha sido bom (segundo fontes próximas), em Lisboa não ficou atrás. Regressa cedo, se faz favor.

Para despedida, ficou Michael Mayer. O berlinense multifacetado tratou de mostrar um pouco da sua música eletrónica que anda a ecoar nas pistas alemãs há décadas, mas não falamos do tempo, porque fica mal. Uma lição de amor eletrónico.

Para o ano há mais, esperemos que com menos filas e mais música.

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