Ao contrário do que o próprio tinha adiantado nas redes sociais a 24 de novembro, Donald Trump não voltou a ser eleito como a Pessoa do Ano da revista Time.
A escolha recaiu no movimento "#MeToo", que nos últimos dois meses levou à denúncia de centenas de casos de assédio e abusos sexuais.
A decisão foi anunciada esta manhã nos EUA durante o programa Today do canal ABC.
A revista destacou na capa várias personalidades, incluindo a atriz Ashley Judd, entre "as que quebraram o silêncio: As vozes que lançaram um movimento".
A decisão manifesta o desejo de honrar e reconhecer o crescente movimento de mulheres que falam sobre os casos de assédio sexual, que começou com as acusações ao produtor de cinema Harvey Weinstein a 5 de outubro, mas se generalizou a outras áreas.
Entre os nomes sonantes atingidos pelos escândalos estão o ator Kevin Spacey, os jornalistas Charlie Rose e Matt Lauer, o comediante Louis C.K., o senador Al Franken e o congressista John Conyers.
Edward Felsenthal, editor-chefe da revista, também notou que o "#MeToo" se tornou um "poderoso acelerador" que foi usado milhões de vezes em pelo menos 85 países.
Ainda assim, reconheceu que não foi uma decisão rápida: "Foi especialmente difícil este ano, um ano de tanta perturbação nos EUA e à volta do mundo".
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