“É com grande tristeza que anunciamos a morte do artista Howard Hodgkin, que faleceu pacificamente hoje num hospital de Londres”, pode ler-se na mensagem da Tate na rede social Facebook da passada quinta-feira, que acrescenta uma declaração do diretor, Nicholas Serota: “Howard Hodgkin foi um dos grandes artistas e ‘coloristas’ da sua geração”.

Nascido em Londres, em 1932, Hodgkin foi levado para os Estados Unidos pela família durante a Segunda Guerra Mundial, de onde regressou para estudar na Escola de Arte de Camberwell e na Academia de Arte de Bath, onde veio a lecionar.

Na descrição do jornal The Guardian, Hodgkin “era conhecido por pinturas, sempre sobre madeira em vez de tela, repletas de redemoinhos, manchas e laços, cheias de emoção e vividamente coloridas”.

“Talvez não fosse sempre óbvio para o espectador, mas os seus trabalhos tinham sempre um tema e não eram abstratos”, acrescentou o jornal, remetendo para uma entrevista de 2006, agora republicada pela Tate, durante a qual o pintor afirmou nunca ter pintado um quadro abstrato na vida.

Por seu lado, a Associated Press descreve as pinturas do artista como “trabalhos arrojados e coloridos inspirados pelas paisagens da Índia, país que visitava com frequência”.

Nicholas Serota acrescentou que os quadros de Hodgkin “irradiam as emoções da vida: amor, fúria, vaidade, beleza e companheirismo”.

Duas exposições do artista vão ser inauguradas este ano no Reino Unido, uma na National Portrait Gallery, em Londres, e outra na galeria Hepworth Wakefield.

No caso da exposição em Londres, o curador da mostra, Paul Moorhouse, tomou conhecimento da morte do artista meia hora antes de se começarem a pendurar os quadros nas paredes do museu.

“Não imaginam como isso foi. É uma perda pessoal e uma grande perda para o mundo da arte”, afirmou, citado pelo Guardian.