As obras fazem atualmente parte da coleção do Museu Etnográfico Rautenstrauch Joest (RJM, na sigla em inglês), que apresentou à autarquia um plano de restituição, que deverá ser aprovado a 8 de dezembro.
"Três obras serão devolvidas em dezembro, a pedido dos parceiros nigerianos, e 52 outras obras serão devolvidas sucessivamente a partir de 2023. Trinta e sete outras obras permanecerão inicialmente emprestadas no RJM durante dez anos", lê-se na declaração.
Vários milhares de bronzes foram pilhados em 1897 durante a invasão do palácio real do Benim (na atual Nigéria) por soldados britânicos, que posteriormente os leiloaram em várias capitais europeias ou os venderam individualmente.
De acordo com uma declaração da cidade de Colónia, a restituição proposta é o resultado de negociações com representantes do Governo nigeriano, iniciadas em 2021 sob os auspícios do Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros alemão e da Secretaria de Estado da Cultura alemã.
O RJM é até agora o quarto maior detentor de bronzes do Benim na Alemanha, enquanto que outras peças são propriedade da Fundação do Património Cultural Prussiano em Berlim, da Colecção Estatal de Arte em Dresden (leste), do Museu Rothenbaum em Hamburgo (norte) e do Museu Linden em Estugarda (sul).
Uma declaração de intenções foi assinada em Berlim a 1 de julho, na qual o Governo alemão se comprometeu a preparar o caminho para o regresso dos bronzes.
Durante a cerimónia, a chefe da Cultura alemã, Claudia Roth, disse que "como Governo e como nação", a Alemanha admite "as terríveis atrocidades do colonialismo" e entregou as duas primeiras peças a serem devolvidas ao seu homólogo nigeriano.
Cerca de 1.100 artefactos - incluindo placas, figuras humanas e animais e ornamentos reais - encontram-se, ainda, na Alemanha, espalhados por cerca de 20 museus.
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