O trocadilho Couraíso começou a fazer ainda mais sentido na passada quarta feira, com o início do Vodafone Paredes de Coura. Um dia que teve o seu apogeu com a atuação dos TV On The Radio, mas que deixou outras histórias para contar.

1. A festa na vila

Sim, ao longo da semana o festival tinha subido à vila, mas quem chegou na quarta durante a tarde, foi com um pleno festival de movimento de pessoas e festas de eurodance, promovidos em parte pelo colectivo já conhecido da internet, Gin Party Sound System. Infelizmente não há registo fotográfico deste momento extra-festival, mas acreditem na minha palavra que todos estavam a bordo do "night train".

2. O clássico do rio

É cliché e é aquele ponto alto que se repete ao longo dos dias, principalmente quanto estão previstos mais de 30º para estes lados. Mas sim, mal chegar, acampar à pressa e ir logo ao rio, é das melhores sensações e quem estava no rio (arriscaria a dizer grande maioria dos campistas) concorda comigo. Com música de fundo promovida por uma das patrocinadoras, o ambiente era mesmo idílico e com votos que se estenda ao longo do festival.

Paredes de Coura 2

3. Blood Red Shoes

Daquelas surpresas agradáveis. Confesso que não conhecia e que tinha cruzado com eles no recinto antes do concerto e despertou-me a atenção em vez de ficar no campismo ou na área da restauração. A energia tanto da Laura como do Steve foram contagiantes e não foram raras as vezes que se viu o público junto às grades a fazer mosh.

4. Slowdive

Fazer um texto sobre o primeiro dia e não escrever sobre os Slowdive acabaria por ser uma ofensa para quem esteve presente. Muito intensos com o shoegaze, uniram de facto toda a audiência de Paredes (curiosamente o contrário dos míticos Ride que estiveram uns quilómetros mais abaixo no NOS Primavera Sound, ainda há poucos meses). Alison e Machine Gun ou When the Sun Hits foram daquelas que ficaram mais na retina, ou melhor, no ouvido.

© Hugo Lima | www.facebook.com/hugolimaphotography | www.hugolima.com

5. TV On The Radio

Ponto alto do dia. Sempre a abrir e sem tempo a perder, o inferno foi tal que até um very light lá apareceu pelo meio durante o Wolf Like Me. Materiais pirotécnicos à parte, Happy Idiot, DLZ ou Winter fizeram fechar o dia (não contando com o after-hours do DJ Fra) com a sensação que o resto do festival tem muito mais para nos oferecer.