De acordo com o diretor do festival, João Carvalho, nesta edição “a grande novidade é a repetição”.
“É a repetição de uma fórmula de sucesso, seja na contratação de artistas, a curadoria musical do festival, seja nas condições”, afirmou João Carvalho, em declarações à Lusa.
Na 30.ª edição, o festival, que “sempre foi uma espécie de laboratório musical onde as coisas acontecem pela primeira vez, onde as pessoas conhecem bandas que ficam para a vida”, tem um cartaz “que representa o passado da música, o presente e o futuro”.
“Mais uma vez temos um cartaz à Paredes de Coura, onde há nomes sonantes como Cat Power, Fontaines D.C., Killer Mike, Sampha, Andre 3000, e depois grandes novidades como Nourished by Time, Destroy Boys, Glass Beams, Sextile”, salientou João Carvalho.
A lista de artistas e bandas inclui também Idles, Girl in Red, The Jesus And The Mary Chain, Slowdive, Slow J, Baxter Dury, Gilsons, Nouvelle Vague, Allah-Las, Branko, Wolf Manhattan e Conferência Inferno, entre outros.
Os espetáculos dividem-se em três palcos, no recinto instalado na zona junto à praia fluvial do Taboão: um principal, um secundário, “que se transforma em ‘after-hours’ depois das 2h00”, e o palco Jazz na Relva.
De acordo com João Carvalho, a organização tem apostado “muito nas condições” que oferece ao público.
“É um festival de sensibilidades, que cura as pessoas, tenta ser o mais carinhoso e o mais ternurento e o mais solidário com as pessoas que nos visitam”, disse.
Por isso, “mais uma vez” foram criadas zonas novas de campismo – “há um glamping de luxo que triplicou em relação ao ano passado”, agora “todas as casas de banho estão ligadas à rede de esgoto”, e há também “novas zonas de restauração, maiores do que as do ano passado”.
“Temos essa dificuldade de em Paredes de Coura não haver hotéis, portanto tentamos dentro das nossas limitações criar as melhores condições”, referiu o responsável.
O festival, que muitos apelidam de “couraíso”, tem uma lotação máxima de 25 mil pessoas por dia e este ano a perspetiva é que esteja cheio nos quatro dias.
“As vendas estão maravilhosas. Quase com 50% mais do que na edição do ano passado. O festival chegando a 80%, que é o caso agora, para mim está perfeito. Daí poder garantir que está cheio”, referiu João Carvalho.
No ano passado houve “um decréscimo de público, seja em Paredes de Coura seja em qualquer festival”.
“Este ano, chegar a 15 dias do festival e ter a certeza que será uma edição de sucesso é uma coisa que me deixa muito feliz”, partilhou.
O festival começa no dia 14, mas nos três dias anteriores – 11, 12 e 13 de agosto - “Sobe à Vila”, com concertos gratuitos.
“É uma forma de perpetuar a experiência de quem visita Paredes de Coura e é também a nossa forma de agradecer aos courenses pelo empenho e devoção que têm ao festival, e por saberem receber milhares de pessoas durante estes dias”, explicou João Carvalho.
No dia 11 haverá atuações de We Know a Place, Girls 96, Nocivo e Ugho, no dia 12 de Marquise, Scúru Fitchádu e Boca de Sino Club, e no dia 13 de 800 Gondomar, Classe Crua e Peter Castro.
A maneira mais fácil de chegar ao festival com transportes públicos é de camioneta da Rede Expressos.
Quem optar por levar carro deve ter como ponto de referência a Autoestrada 3 (A3), que liga o Porto a Valença. “Agora Paredes de Coura fica à distância de cinco minutos da saída da autoestrada, e não é força de expressão são mesmo cinco minutos. O que é fantástico para quem vem do Porto, de Lisboa, do Algarve”, salientou João Carvalho.
De acordo com a organização do festival, há parques de estacionamento no centro da vila, a cerca de 900 metros do recinto.
O passe de quatro dias do Vodafone Paredes de Coura custa 120 euros. Há também bilhetes diários, que custam 60 euros.
A programação da 30.ª edição inclui a apresentação do livro “Paraíso de Coura”, que reúne imagens captadas por Alfredo Cunha no festival, que acontece todos os verões, desde 1993.
O festival de Paredes de Coura aconteceu pela primeira vez em 1993 por iniciativa de um grupo de amigos, do qual faz parte o atual presidente da câmara de Paredes de Coura, que queria organizar um evento dedicado ao rock independente.
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