A Walt Disney Co. reportou na quinta-feira (12) uma perda significativa de receitas no trimestre recentemente terminado, com a pandemia global atingindo os seus parques temáticos e operações de cinema, mas as ações subiram com os ganhos no seu novo serviço de streaming.
A potência do entretenimento relatou um prejuízo de 710 milhões de dólares no período concluído a 3 de outubro, em comparação com um lucro de 777 milhões no mesmo período do ano anterior.
A receita caiu 23% em relação ao ano passado, para 14,7 mil milhões de dólares no quarto trimestre da empresa.
Por outro lado, as ações da Disney dispararam com a notícia de que o seu serviço de streaming, Disney +, lançado há um ano, atingiu 73 milhões de assinantes, um sinal positivo para a mudança da empresa para competir com rivais como a Netflix.
"Mesmo com a interrupção causada pela COVID-19, fomos capazes de administrar os nossos negócios com eficácia, ao mesmo tempo em que tomamos medidas ousadas e deliberadas para posicionar a nossa empresa para um maior crescimento a longo prazo", disse o presidente-executivo Bob Chapek.
O relatório informa que os resultados "foram prejudicados" pela pandemia com o enceramento de muitos parques temáticos e "resorts" da Disney e a suspensão das suas operações de cruzeiro.
"Além disso, na área de entretenimento atrasámos, ou em alguns casos encurtámos ou cancelámos, os lançamentos nos cinemas e as apresentações foram suspensas desde o final do segundo trimestre", apontou o comunicado.
"Desde março de 2020, temos experimentado interrupções significativas na produção e disponibilidade de conteúdo, incluindo a mudança da principal programação de desportos em direto do terceiro trimestre para o quarto trimestre e no ano fiscal de 2021, bem como a suspensão da produção da maioria dos filmes e conteúdos de televisão desde o final do segundo trimestre", acrescentou.
O analista Eric Haggstrom, da eMarketer, disse que o serviço de streaming mostrou resultados impressionantes para a Disney.
"Um ano após o lançamento, o Disney+ alcançou facilmente as metas de assinantes de pré-lançamento da Disney quatro anos antes do previsto", disse Haggstrom.
"Os outros serviços de streaming da Disney nos Estados Unidos, Hulu e ESPN +, também mostraram um crescimento impressionante de assinantes. No futuro, a Disney precisará aumentar os seus investimentos em conteúdo para os seus serviços de streaming se quiser manter esses assinantes", avaliou.
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