Numa noite forte para o hip-hop no palco Galp Music Valley do Rock in Rio Lisboa, Piruka convidou Jimmy P e Gama para um espetáculo que arranca pelas 21h00 - uma hora antes de Mundo Segundo e Sam the Kid.

Em conversa com o SAPO Mag, o autor de "Louco" e "Se Não Acordar Amanhã" recordou a sua aproximação ao hip-hop, o espaço que o género tem tido em palcos nacionais e em que estado está a preparação do álbum sucessor de "AClara" (2017).

SAPO Mag - Já não é a primeira vez que colabora com Jimmy P e Gama. O que podemos esperar desta vez?
Piruka - São família, gostei da ideia e vamos rebentar com isto tudo. O Jimmy P. canta a música que tem comigo, o Gama canta uma música dele.

Vai aproveitar para ver outros concertos desta noite?
Vou ficar aqui até ao fim. A minha filha quer ver a Anitta. Depois quero ver Mundo Segundo e Post Malone, claro que sim, vou ficar aqui a curtir.

O hip-hop português tem tido uma presença crescente no Rock in Rio e noutros festivais nacionais. Como tem visto essa evolução?
De bom grado, porque era uma luta em que eu estava metido desde que comecei a rimar. Graças a Deus, e até que enfim, estamos a ser vistos com os olhos que temos de ser vistos. E daqui para a frente só pode melhorar.

Considera que já há palcos suficientes para os artistas se expressarem, não só em em Lisboa e no Porto mas também no resto do país?
Claro que sim, no país inteiro. Só posso falar por mim e pelos nomes que tenho na minha agência, andamos aí de norte a sul do país. É porque o rap está a ser ouvido, está a ser pedido e tem de ser escutado.

Há alguns anos víamos mais nomes do rock em festivais como este. Como explicaria a maior adesão ao hip-hop de gerações mais jovens?
São gerações diferentes. A minha filha, se calhar, quando chegar aos 15, 16 anos, vai estar a ouvir coisas que me podem agradar ou não. Tenho de esperar para ver. Mas é das gerações, a nossa geração é do rap e do hip-hop e ainda bem.

No seu caso, como nasceu essa relação com o hip-hop?
Foi no meu bairro [na Madorna, Cascais]. Uns colegas meus ouviam rap, Racionais MC's, Chullage, Black Company, coisas antigas. Boss AC, Eminem, Tupac, Notorious B.I.G., Snoop Dogg... Sou dos anos 90, sou de 93. Desde puto. O rap começou a aparecer no meu bairro, comecei a ouvir, e foi o estilo com que mais me identifiquei. Mas sempre ouvi de tudo, por causa da minha mãe. Ouvia Cher... mas o meu estilo musical é hip-hop, claro.

Além do regresso aos palcos este verão, tem trabalhado em canções novas?
Tenho um álbum para lançar há algum tempo e ainda não o lancei por causa da quarentena. Ia lançá-lo quando a quarentena rebentou, mas aí já não fazia sentido lançá-lo. Ia lançar um álbum para não ser tocado, e para mim a música tem de ser vivida, tenho de a tocar. Decidi esperar e lançá-lo noutra altura. Depois o tempo foi passando e houve músicas que já não estava a sentir como me sentia quando as gravei e começámos a refazer o álbum todo. Mas está praticamente feito.

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