Em comunicado, a SPA recorda que João Paulo Diniz “teve a responsabilidade tornada histórica de difundir cerca das 23:15 do dia 24 de abril de 1974 a canção ‘E Depois do Adeus’, de José Niza e José Calvário, nos Emissores Associados de Lisboa, onde foi locutor profissional”, contava então 25 anos. Anteriormente, João Paulo Diniz tinha sido locutor na rádio das Forças Armadas, na Guiné-Bissau, quando este país se encontrava sob domínio português, onde contactou com o general António Spínola (1910-1996) e o coronel Otelo Saraiva de Carvalho (1936-2021), um dos operacionais da Revolução de Abril de 1974.
João Paulo Diniz celebrou 50 anos de carreira em 2015. Referindo-se ao seu percurso, a SPA recorda que começou na ex-Rádio Peninsular, depois trabalhou no Rádio Clube Português e, em seguida, durante seis anos, na BBC, em Londres.
Dirigiu a Rádio Alfa, em Paris, e regressou, com várias funções, à ex-RDP, atual Rádio e Televisão de Portugal. Foi ainda responsável por duas rádios locais e pelo programa televisivo “Histórias da Rádio”, na RTP Memória.
A SPA pretende premiar “o seu profissionalismo e também o papel marcante que teve na noite de 24 de Abril de 1974, ao difundir a primeira senha radiofónica a pedido dos oficiais do Movimento das Forças Armadas (MFA)".
O Prémio, com o valor pecuniário de 2.000 euros, é atribuído desde 2013, tendo no ano passado sido entregue a Cândido Mota.
Com este galardão foram já distinguidos Luís Filipe Costa (2013), João Paulo Guerra (2014), Adelino Gomes (2015), António Cartaxo (2016), António Sala (2017), José Manuel Nunes (2018), Joaquim Furtado (2019) e João David Nunes (2020).
João Paulo Diniz receberá o galardão “no princípio de março próximo”, numa cerimónia a realizar na SPA, em Lisboa.
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