A mulher, identificada apenas como Robin, disse numa conferência de imprensa em Los Angeles que foi uma "vítima sexual" do lendário cineasta franco-polaco quando tinha 16 anos, em 1973.

"Um dia depois do que aconteceu, disse a um amigo o que o senhor Polanski me tinha feito", declarou, lendo um comunicado preparado.

"A razão de eu não ter contado a ninguém é porque não queria que o meu pai fizesse algo que o pudesse colocar na prisão para o resto da sua vida".

Robin disse ter comparecido no tribunal depois de a vítima do caso de violação contra o famoso realizador ter pedido às autoridades que arquivassem o caso.

A advogada Gloria Allred, que representa a alegada vítima, afirmou que o incidente aconteceu no sul da Califórnia, mas acrescentou que a sua cliente não entraria em mais detalhes.

Embora o caso tenha prescrito, ela poderá ser convocada para depor num julgamento futuro, disse a advogada.

O diretor de "A Semente do Diabo" ou "Chinatown", que fará 84 anos na sexta-feira, foi acusado de drogar Samantha Geimer quando tinha 13 anos e de a violar na casa de Jack Nicholson, em Los Angeles, em 1977, enquanto o ator estava ausente.

Polanski admitiu o abuso estatutário depois de uma série de acusações mais graves terem sido descartadas, e passou 48 dias sob custódia para ser submetido a uma avaliação psiquiátrica antes de ser liberado.

De acordo com documentos judiciais arquivados pelo seu advogado, Harland Braun, o juiz prometeu a Polanski que esse período seria o único da sua pena.

Robin disse ter ficado "furiosa" quando Geimer apareceu no Tribunal de Los Angeles em junho para reforçar que o cineasta tinha cumprido a sua pena e o que assunto deveria ser resolvido imediatamente.

"Estou a falar agora para que Samantha e o mundo saibam que ela não foi a única vítima menor de idade de Roman Polanski", declarou.

"Isto ainda não acabou e acredito que Roman Polanski deva ser responsabilizado por sua conduta criminosa com Samantha Geimer", disse.

Allred disse que Polanski ficou livre para retirar a declaração de culpa no caso de Geimer para enfrentar um novo julgamento das acusações pelas quais foi originalmente indiciado.

Robin não vai apresentar uma queixa civil, mas está disposta a testemunhar sob juramento se houver algum julgamento criminal, segundo Allred.

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