O realizador Roman Polanski não será levado a julgamento nos tribunais norte-americanos por causa de um caso de alegada violação ocorrido em 1975.
O Deadline avança que na base a decisão das autoridades judiciais está o facto de que os prazos esgotaram: o caso já prescreveu.
A 13 de outubro, inspirada pelas denúncias de asos de assédio e até violação envolvendo o produtor Harvey Weinstein, a artista Marianne Barnard relatou a sua má experiência com o realizador de origem polaca.
Após uma primeira denúncia de como Polanski lhe tirou fotografias nua com um casado de peles numa praia em Malibu antes de a violar quando tinha 10 anos, a polícia de Los Angeles abriu uma investigação a 12 de dezembro.
Ao jornal britânico The Sun, Marianne Barnard contou os detalhes.
"Havia umas rochas e ele tirou-me fotografias nessas rochas. No princípio julgava que apenas ia à praia com a minha mãe. Estávamos lá há algum tempo e depois ele estava lá. E ela explicou-me que este homem queria tirar-me fotografias de mim com aquele casaco de peles. Pensei que fosse para uma revista ao algo do género", explicou Barnard.
Após tirar fotografias em biquíni, o realizador terá pedido à jovem para tirar a parte de cima, o que esta não estranhou porque estava habituada a andar sem ele, mas começou a ficar desconfortável quando a seguir quis que ficasse completamente nua.
"E então a certa altura percebi que a minha mãe não estava lá. Não sabia onde ela tinha ido e não me apercebi de ela ter saído, mas ela já ali não estava. E depois ele molestou-me", acrescentou.
Roman Polanski foi condenado por violação de uma jovem de 13 anos em 1977, aceitando um acordo que o deixaria fora da prisão após cumprir uma pena de 42 dias. Alertado que o juiz no seu caso não aceitaria esse plano, abandonou os EUA e nunca mais regressou.
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