O programa foi hoje apresentado pela presidente do conselho de administração da Fundação Serralves, Ana Pinho, e pelo diretor do museu, João Ribas, tendo sido confirmada a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no segundo dia do certame, à semelhança do que já havia acontecido em 2016.
Um dos destaques do evento deste ano são as várias atuações sob alçada do projeto "A Carnatic Paradigm/The Algebra of Listening", do artista musical britânico Mark Fell, nas quais se vai poder assistir a concertos da violinista indiana Nandini Muthuswamy, do compositor e violoncelista italiano Sandro Mussida, assim como o grupo de percussão Drumming, formado no Porto.
O diretor João Ribas confessou que “é sempre difícil escolher uma experiência” entre as 50 horas consecutivas de espetáculos, dentro e fora do recinto da instituição, mas destacou o regresso do grupo musical 23 Skidoo e o espetáculo da companhia francesa de circo contemporâneo Inextremiste.Exit, que passa por “quatro loucos que tentam fugir de um hospital psiquiátrico, num balão [de ar quente]”, no Prado de Serralves, “uma performance divertida que vai questionar as leis da gravidade”.
“A nossa ideia de transpor fronteiras não é só em termos geográficos, mas de aproximação de públicos com a criação contemporânea e também das artes. É um circo que vai reorientar a experiência do visitante, com ideia de destacar várias práticas artísticas que vão para além da expetativa”, explicou.
A música portuguesa também é um atrativo nesta edição, com o concerto de Orelha Negra na madrugada do último dia, assim como o concerto da Escola de Rock de Paredes de Coura, para além do projeto Mão Verde, que junta a música de Pedro Geraldes às letras e voz de Capicua, direcionado às crianças e focando-se no meio-ambiente.
Fora de portas, o festival estreia-se em Matosinhos, com a performance “De Paso”, na marginal do concelho, a cabo da companhia industrial Teatrera, no dia 31 de maio, na mesma data em que acontece dança contemporânea no largo de Santo Ildefonso, no Porto, com o espetáculo “Sursauts”, coreografado por Mathilde Monnier e Bertrand Davy.
Este ano, para celebrar os 15 anos do evento, vão ser sopradas as velas “num bolo gigante”, integrado num espetáculo de arte. O festival vai usar copos reutilizáveis, de forma a reduzir a pegada ecológica.
“[Cada ano] nós queremos continuar a trazer mais gente, pode não ser em número, mas em diversidade. O ano passado iniciámos a parceria com as autarquias fundadoras, para tentar expandir a origem que aqui se apresenta em termos nacionais”, resumiu a dirigente da instituição.
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