Os dados, revelados hoje, em Londres, pela Federação Internacional da Indústria Discográfica (IFPI), dão conta que 46,8 por cento daquelas receitas em 2018 foram provenientes dos serviços de escuta online de música, como Spotify, Apple Music e Pandora.
Em 2018, Portugal seguiu em contraciclo, com quebras de vendas, afirmou à agência Lusa Miguel Carretas, responsável da associação Audiogest, remetendo para mais tarde dados concretos sobre o mercado discográfico nacional.
Segundo o relatório anual da federação, este foi o quarto ano consecutivo com aumento de vendas gerais de música, a nível global, com os Estados Unidos, o Japão e o Reino Unido a liderarem o mercado. O Brasil foi o décimo mercado com mais vendas de música em 2018.
A IFPI dá ainda conta de que, no ano passado, houve um aumento de 32,9 por cento de subscrições pagas pelos consumidores naquele tipo de serviços, para um total de 255 milhões de utilizadores em todo o mundo.
Em oposição a este aumento, registou-se uma quebra de dez por cento nas receitas com venda de música em suporte físico, e 21,2 por cento nos descarregamentos pagos (downloads legais).
A diretora-executiva da IFPI, Frances Moore, atribui esta subida das vendas ao trabalho dos artistas e das editoras, inovando os canais de divulgação, e destacou o crescimento do consumo e venda de música na América Latina, com o Brasil e o México a liderarem nesta região.
O rapper canadiano Drake foi o artista que mais vendeu internacionalmente em 2018, seguido do grupo pop sul-coreano BTS, do músico britânico Ed Sheeran e do músico norte-americano Post Malone. A tabela dos dez artistas mais lucrativos inclui apenas duas mulheres: Ariana Grande (8.º) e Lady Gaga (9.º).
Com 3,5 milhões de cópias, o álbum mais vendido em 2018 foi a banda sonora do filme "The greatest showman", protagonizado por Hugh Jackman, seguido de "Love yourself: Answer" (2,7 milhões de cópias) e "Love yourself: Tear" (2,3 milhões de cópias), ambos dos sul-coreanos BTS.
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