Filipe Pinto voou propositadamente de Londres até Lisboa para gravar o Hino da Ajuda de Berço, com os actuais concorrentes do «Ídolos». Nesta visita fugaz, o vencedor da última edição do programa caça-talentos da SIC revelou a SapoTV como está a correr o curso na London Music School.

Como é que está o correr o curso?
Tenho ouvido elogios do director. Encaro aquilo como trabalho e tenho que mostrar que estou a evoluir. Estou a descobrir coisas na guitarra que não sabia.

Há tempo para passear pela cidade?
No início das aulas tinha mais tempo para passear pelo centro de Londres. Pesquisei sobre a história da cidade e visitei alguns dos lugares mais emblemáticos.

E tempo para namorar?
Também tenho tempo, faz parte. A Alexandra viajou comigo e acompanha-me em tudo.

Já conheceste alguma celebridade em Londres?
Não. Tenho uma rotina complicada, tenho horários a cumprir e, diariamente, faço o meu trajecto de autocarro. Ali não aparecem celebridades (risos). Ainda não fui a nenhum concerto, nem a bares à noite.

Nota-se que estás mais magro. Sentes falta da comida da mamã?
Não sinto grande diferença. Isso para mim não é importante porque a imagem é um alicerce e não me diz nada.
Sei que é uma curiosidade mas confesso que não tenho passado fome.

Neste regresso a Portugal, sentiste o carinho do público?
No aeroporto senti que as pessoas olhavam para mim e comentavam alguma coisa. No avião, a hospedeira convidou-me para ir ao «cockpit» e foi muito giro.

Sentes-te mais artista, desde que estás a estudar em Londres?
Não posso avaliar porque ainda estou a aprender. Estou no início de uma carreira musical e a música leva muito tempo a aprender. Sei que este ano tem sido mágico, soberbo, porque tudo isto é mais do que uma experiência. É um conjunto de milagres que consegui fazer. Acabei o meu curso (Engenharia Florestal) com uma média razoável, tive a digressão ao mesmo tempo e a nova vida em Londres. Aconteceu muita coisa.

Vais continuar em Londres muito mais tempo?
Inicialmente o curso era de seis meses mas eu quero continuar. Depois quero voltar a Portugal e ter a minha oportunidade aqui. Quero fazer alguma coisa diferente na área da música, algo meu que surpreenda as pessoas. Tenho andado a compor em inglês e em português.

Então ambicionas uma carreira internacional?
Isso é sonhar muito (risos)! Uma coisa de cada vez. Gosto da língua portuguesa e isso é muito forte. Nós aqui falamos inglês fluentemente mas não percebemos que é diferente da língua que se fala em Inglaterra. O sotaque, a dicção, o vocabulário são muito importantes na música. Tem que haver trabalho e isso exige muito esforço e dedicação. Tenho alguns contactos que não quero desprezar mas não penso para já investir numa carreira lá fora. Em Londres temos tido «live performances» em «pubs» mas lá sinto-me igual aos outros. Não quero ser uma estrela, o meu objectivo lá é aprender. Estou também a investir em aulas particulares de piano, porque acho que é importante.

Passas o Natal em Portugal?
Vou passar o Natal com a família, mas antes disso ainda volto a Londres.

E a passagem de ano?
Também venho a Portugal porque vai haver um concerto da «Idolomania».

Tens acompanhado a actual edição do «Ídolos»?
Por acaso não. Não tenho satélite português e não tenho muito tempo para andar a pesquisar outras coisas. Dedico-me a 100 por cento ao curso. Só acompanhei o início e percebi que na primeira gala havia vozes muito boas, mas não decorei nomes, nem caras.

(Entrevista: Joana Côrte-Real)