"Aconteceu. A Luísa fez a cantiga, subtilmente vestida pelo Luís. O Salvador saboreou-a de mil maneiras e em todas nos emocionou. A simplicidade do talento é que é o talento. Cantando numa língua que não faz parte das instruções dos computadores, fez-se entender por milhões. Desde o dia em que os 9 'culpados' na foto elegeram 'Amar pelos dois' como a mensagem que Portugal queria levar ao mundo, o Festival festivaleiro abanou nos seus alicerces", escreveu Júlio Isidro na sua página no Facebook.

O apresentador e ex-presidente do júri do Festival da Canção frisou ainda "que os efeitos especiais são muitas vezes a capa de açúcar que disfarça um bolo de sabor duvidoso". "Ainda bem que a minha RTP ( desculpem este apoderar de uma instituição onde nasci e de onde partirei) quis fazer Festival com a intenção de fazer dele uma festa. Por cá não aconteceu logo, porque há semi-fusas muito confusas", defendeu.

"A partir da Ucrânia aqueles minutos de amor confessado, tocaram os corações sensíveis de quem fala a mesma linguagem mesmo não sendo a mesma língua. A RTP e aqueles que foram capazes de sonhar, foi além das expectativas de uns, das pragas de outros e das dúvidas de uns tantos", sublinhou ainda Júlio Isidro nas redes sociais.