Aracy Balabanian morreu na manhã desta segunda-feira, dia 7 de agosto, aos 83 anos. A atriz brasileira lutava contra um cancro no pulmão desde o final do ano passado e, segundo o jornal Globo, estava internada numa clínica no Rio de Janeiro.

A notícia foi confirmada por familiares e amigos.

A atriz interpretou personagens que marcaram a história da televisão brasileira, destacando-se como Cassandra em "Sai de baixo" e Dona Armênia em "Rainha da Sucata".

Natural de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Aracy Balabanian, formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, estreou-se no pequeno ecrã em 1965, como protagonista de "Antígona", da TV Tupi.

Ao longo da carreira, Aracy Balabanian destacou-se em vários projetos, como "Corrida de ouro" (1974), "Bravo!" (1975), "O Casarão" (1976), "Coração alado" (1980), "Locomotivas" (1986), "Rainha da sucata" (1990) e "A próxima vítima" (1995). A atriz fez ainda parte de "Vila Sésamo" (1972), da TV Globo.

Mas foi com a sua personagem em "Sai de Baixo", série de Luis Gustavo e Daniel Filho, que a atriz mais se destacou. Na sitcom, que esteve no ar entre 1996 e 2002, a brasileira interpretou a divertida socialite Cassandra.

"Eu me vi fazendo uma coisa que é o sonho de todo ator: teatro e televisão, ao mesmo tempo. Só que era um espetáculo ensaiado numa tarde", relembrou a atriz, citada pela Globo, ao recordar a série protagonizada por Miguel Falabella, Marisa Orth e Luis Gustavo.

Depois de "Sai de Baixo", a brasileira fez parte do elenco de várias novelas da Globo, como "Da cor do pecado" (2004), "A lua me disse" (2005), "Eterna magia" (2007), "Passione" (2010), "Cheias de charme" (2012), "Saramandaia" (2013), "Geração Brasil" (2014) e "Sol nascente" (2016).

Em entrevista ao site Memória Globo, a atriz chegou a confessar que o início da carreira não foi simples. "Chorei muito. Estava emocionada porque era aquilo que eu queria. É muito difícil para uma criança de 12 anos, ainda mais naquela época, querer ser atriz e já perceber que ia ter muitas dificuldades", contou.

"Comecei numa época em que não era bonito fazer televisão, nem teatro", lembrou.