Quanto à perspetiva de um despedimento coletivo na RTP, uma hipótese que foi recentemente levantada pelo presidente do Conselho de Administração da empresa, Alberto da Ponte, o ministro voltou a defender que o esforço de diminuição de despesas está nas mãos da empresa, mas que “existe uma indicação clara do Governo para minimizar os custos sociais envolvidos neste processo".

“É nesse sentido que espero que o esforço se venha a concretizar”, sublinhou na Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação onde está a ser ouvido.

Poiares Maduro, que respondia às perguntas da oposição, lembrou também que o Governo atualizou recentemente a taxa de contribuição para o audiovisual. “Entendemos que esse apoio é suficiente”, afirmou.

Quanto à criação de um novo centro de decisão no Centro de Produção do Norte, o ministro da tutela recordou que “neste momento, a RTP2 é dirigida, efetivamente”, a partir desse centro. “O segundo canal da RTP foi o canal escolhido para concretizar esse objetivo”, disse.

Maduro reconhece que RTP Açores passa dificuldades

O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, reconheceu, no entanto, que a RTP Açores passa dificuldades, mas acrescenta que esse panorama “é uma realidade de há anos”.

O ministro defendeu também que “os próprios trabalhadores manifestaram agrado e tiveram uma reação muito positiva ao modelo proposto”. O modelo proposto pelo Governo passa pela criação de uma nova empresa regional audiovisual em cada uma das Regiões Autónomas, uma para os Açores e uma para a Madeira.

Quanto aos Açores, durante uma visita ao arquipélago no final da última semana, o ministro já tinha afirmado que a solução correta passa pela junção das "sinergias" entre a RTP e uma nova empresa regional de produção de conteúdos audiovisuais, a criar, que permita "tirar o máximo partido" do papel e do conhecimento da RTP não apenas nos Açores, mas também no resto do país e nas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

@Lusa