Atualmente numa vaga de adoração por "Maestro", o novo filme como ator e realizador, Bradley Cooper vai juntar-se a Christian Bale num projeto que levou a um intenso leilão esta semana em Hollywood.

O Deadline noticiou que "Best of Enemies" a Amazon e MGM Studios foi o vencedor na disputa final com a Warner Bros., mas a corrida teve oito licitantes ou seja, o "pacote" motivou o interesse de praticamente os grandes estúdios de Hollywood e as plataformas de streaming.

Um 'thriller de espionagem é a proposta que junta os dois atores e Eric Warren Singer como argumentista e a produtora Atlas Entertainment, de Charles Roven: todos trabalharam juntos em "Golpada Americana"(2013), nomeado para dez Óscares.

Cooper também poderá ser o realizador, mas isso não não está fechado.

Um pagamento ao argumentista descrito na ordem do "meio de sete dígitos" (à volta dos 5 milhões de dólares) leva o Deadline a dizer que este pode ser o maior acordo de todo este ano, que inclui um lançamento do filme nas salas do cinema.

A história baseia-se no livro "Best of Enemies: The Last Great Spy Story of the Cold War", de Eric Dezenhall e Gus Russo, publicado em 2018, sobre o agente da CIA Jack Platt (Cooper) e o seu congénere soviético no KGB Gennady Vasilenko (Bale), dois espiões que tiveram uma amizade improvável em plena Guerra Fria.

Tal como em "Golpada Americana", a história arranca em 1978, mas em Washington, onde o primeiro trabalhava na unidade de contra-espionagem da CIA e o segundo na embaixada Soviética, acabando por criar fortes laços pessoais mesmo depois de cada um ter a missão de convencer o outro a trair o seu país.

A dupla acabou por se envolver na resolução de alguns dos maiores casos de espionagem do século XX, incluindo o da toupeira Robert Hanssen, o maior caso de traição da história do FBI (dramatizado no filme "Quebra de Confiança", de 2007).

Presumivelmente denunciado por Hanssen como um agente duplo em 1988, Vasilenko foi afastado do KGB, mas não condenado por espionagem por falta de provas.

No entanto, acabou por ser enviado muito depois para a prisão por acusações menores (posse ilegal de armas, explosivos, tentativa de suborno) e acabou por ser incluindo em 2010 numa lista de troca de espiões com os EUA devido ao "pedido pessoal de um agente da CIA" que o conhecia do período entre 1976 e 1981 na capital dos EUA.