O CEO da Cinemark, o terceiro maior exibidor de cinema nos EUA, acredita que o ritmo e o negócio das salas de cinema só em 2002 vão regressar aos valores que existiam antes da COVID-19.
A principal razão, acrescentou este responsável que também esteve ligado muitos anos à Disney, tem menos a ver com a distribuição e os cinemas, mas com a própria produção dos estúdios de Hollywod, que tiveram que se adaptar após adiarem as suas estreias por causa da pandemia e parar as rodagens e pós-produção dos projetos.
O que necessariamente se estenderá ao mercado internacional.
A previsão de Mark Zoradi foi feita durante uma conferência com analistas de Wall Street, onde também foi sinalizado que se espera que 2021 seja "um ano de recuperação simpático", mas o processo será longo.
A empresa prevê reabrir oficialmente os 344 multiplexes e 4630 salas a 19 de junho com filmes mais antigos e bilhetes a preços convidativos.
Respondendo a um analista, Zoradi indicou ainda que não é inevitável que os resultados de bilheteira sejam mais fracos para "Tenet" (17 de julho), de Christopher Nolan, e "Mulan" (23), os primeiros grandes filmes de Hollywood previstos para a reabertura dos cinemas.
"É uma questão de criarmos um ambiente seguro [para as pessoas regressarem aos cinemas] e os estúdios uma forte campanha de mobilização", defendeu.
Já o diretor financeiro da Cinemark sinalizou que a trajetória dos filmes nas bilheteiras terá de ser analisada de forma diferente nos tempos mais próximos.
"É possível que os filmes possam ter estreias um pouco mais baixas [no fim de semana], mas ficarem mais tempo em cartaz" por causa das "novas dinâmicas" com os limites de lotação dos cinemas, explicou Sean Gamble.
Mark Zoradi também indicou que a janela tradicional de 74 dias de exclusividade é importante, "principalmente para os grandes filmes", mas a empresa está "abertura a formas alternativas de distribuir filmes" mais pequenos e menos rentáveis.
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