"Pátria", de Bruno Gascon, foi eleito o Melhor Filme no Serbest International Film Festival, na Moldávia, anunciou fonte oficial ligada ao filme.

Num país que se encontra em estado de emergência devido à guerra na Ucrânia, o comunicado destaca que "a distopia realista do filme impressionou o júri", que o considerou "atual, relevante e necessário de visionamento obrigatório".

Com uma programação anual de filmes dramáticos, documentários e curtas-metragens, o Serbest International Film Festival centra-se nos trabalhos de "novos realizadores, novos escritores, novos sonhadores que queiram tornar real através das suas imagens aquilo que antes apenas imaginavam".

A ação de Pátria passa-se numa “distopia realista”, que retrata um país dominado pela opressão de uma ditadura. Neste ambiente sombrio, dois grupos enfrentam-se num momento em que os movimentos extremistas crescem nas ruas.

Com estreia marcada nos cinemas portugueses a 19 de outubro, “Pátria” acompanha duas fases da mesma personagem, Mário (Tomás Alves), capataz numa carpintaria numa aldeia, de onde é expulso e enviado "para uma espécie de cidade", onde luta pela liberdade.

Sobre o filme, Bruno Gascon situa-o "em Portugal nos anos de 1980", mas numa realidade alternativa, repressiva e retrógrada. "É como se nos anos 1980 estivéssemos nos anos 1950 por causa desse regime".

Além de Tomás Alves, o filme conta no elenco com Rafael Morais, Michalina Olszanska, Matamba Joaquim, João Vicente, Iris Cayatte, Raimundo Cosme, entre outros.