A festa, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas, com o apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) e dos distribuidores de conteúdos, prossegue até quarta-feira, com a organização a esperar mais de 250 mil espectadores, um ano depois dos 200 mil que marcaram a primeira edição.

O objetivo dos promotores da iniciativa é "celebrar o ato cultural e social de ir ao cinema", numa altura em que a exibição em sala enfrenta forte concorrência de outros modelos de exibição, nomeadamente através da Internet.

Em comunicado, a presidente do ICA, Filomena Serras Pereira, lembrou que “a primeira edição da Festa do Cinema constituiu um êxito assinalável” e disse acreditar que a iniciativa "contribuiu para a ‘reconciliação’ do público", com as salas, uma vez que, no ano passado, se inverteu "a tendência dos últimos anos de diminuição de espetadores em sala”.

Em 2015, segundo o ICA, as salas portuguesas de cinema apresentaram o maior crescimento de público, no espaço da União Europeia, ao atingirem mais 20,4% de espectadores do que em 2014.

Filomena Serras Pereira insiste na iniciativa: “A Festa do Cinema deste ano pretende, uma vez mais, não só incentivar o público a ver cinema, como convidá-lo a frequentar as salas, o único local onde podem desfrutar da verdadeira essência e ‘glamour’ das obras cinematográficas”.

Para o exibidor Nuno Sousa, da organização da Festa, prevalece o entusiasmo por estar "a trabalhar na segunda edição de um evento que, não só promove, como reforça o privilégio de assistir a filmes em salas de cinema, que tão bem se equiparam nos últimos anos para garantirem toda a qualidade, grandiosidade e emoção em grande ecrã”.

Os dados estatísticos do ICA indicam que, em 2015, as salas portuguesas de cinema atingiram 14,5 milhões de espectadores e 74,9 milhões de euros de receita bruta de bilheteira, por oposição aos 12,09 milhões de espectadores e 62,7 milhões de receita bruta, em 2014.

Durante a festa do Cinema, os bilhetes custam 2,5 euros para qualquer sessão (com exceção dos filmes em 3D), em qualquer das 500 salas de cinema em atividade, num total de 94.000 lugares, universo que abrange todas as capitais de distrito.

Entre os títulos em exibição vão estar “Amor Impossível”, de António-Pedro Vasconcelos, vencedor do Prémio Sophia de Melhor Filme da Academia Portuguesa de Cinema, e a trilogia de Miguel Gomes "As Mil e Uma Noites" ("O Inquieto", "O Desolado", "O Encantado"), que venceu, na mesma categoria, os Globos de Ouro da SIC.

Além da Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas e do ICA, a organização conta com o apoio Associação de Defesa das Obras Audiovisuais (FEVIP), da Associação para a Gestão de Direitos de Autor (GEDIPE), de Produtores e Editores e da Inspeção-geral das Atividades Culturais (IGAC).

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