O Ministério da Cultura alemão anunciou esta terça-feira (5) que Dieter Kosslick, diretor da Berlinale, o Festival de Cinema de Berlim, deixará as suas funções em maio de 2019, quando chegar ao fim o seu contrato, o que acontece entre críticas de vários cineastas.
Dieter Kosslick, que dirige a Berlinale há 16 anos, indicou que "não estava disponível para uma função dirigente na próxima Berlinale", segundo o comunicado do ministério.
Este anúncio é feito quando o festival, cuja 68ª edição será celebrada entre os dias 15 e 25 de fevereiro de 2018, está afundado em uma polémica desde que 80 cineastas, entre eles Fatih Akin (Urso de Ouro em 2004 por "Head On - A Esposa Turca"), assinaram uma carta aberta exigindo uma renovação profunda do evento.
Esta carta foi interpretada como uma crítica ao diretor da mostra.
Embora seja um dos grandes encontros anuais na Europa, o Festival de Berlim fica muito atrás de Cannes e Veneza, e tem problemas para atrair as grandes estrelas de Hollywood.
Os signatários da carta pedem total transparência ao escolher o próximo diretor.
O objetivo é encontrar uma personalidade "apaixonada pelo cinema e que disponha dos melhores contactos no mundo [do cinema] e esteja sintonizado em, no futuro, levar o festival ao mesmo nível de Cannes e Veneza", segundo os cineastas, entre eles Maren Ade ("Toni Erdmann") e Volker Schlöndorff ("O Nono Dia").
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