Sendo um projecto pioneiro que combina cinema de animação com imagem real, o filme
«Papel de Natal» conta com apoio financeiro do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) para a vertente de animação e também no FICA para a vertente de cinema real. O produtor e realizador
José Miguel Ribeiro explicou à agência Lusa que a parte de animação, que está a ser feita atualmente nos estúdios da produtora Sardinha em Lata, em Montemor-o-Novo, ficará concluída em Outubro.

Resta a vertente de cinema com actores de carne e osso, cuja rodagem seria possível de fazer numa semana, disse o realizador, mas que está dependente do FICA.

«Neste caso concreto o [projecto do] «Papel de Natal» está em risco de não poder ser visto neste Natal, porque se esse apoio do FICA não chegar a tempo e horas toda a parte de imagem real não pode ser feita», disse o realizador. O projecto «Papel de Natal» custa cerca de 300.000 euros, dos quais cerca de 100.000 euros são de apoio financeiro do FICA.

Em causa está um mecanismo de financiamento que entrou em actividade em 2007, com vista a um aumento da produção de cinema em Portugal, e que paralisou ao fim de um ano de actividade.

O anterior governo decidiu-se pela extinção do FICA, mas só depois de cumpridos todos os protocolos de financiamento ao projectos de cinema que se tinham apresentado a concurso.

O FICA contava com um total de 83 milhões de euros para investir na produção de cinema ao longo de sete anos (até 2014).

No Programa do Governo apresentado na semana passada, o actual executivo comprometeu-se a reavaliar «a execução e gestão do Fundo de Investimento para o Cinema e o Audiovisual», sem adiantar mais pormenores sobre o futuro desta estrutura de financiamento.

SAPO/Lusa

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