Um filme de Angola e outro de Moçambique figuram entre os 15 concorrentes ao grande prémio do Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou (Fespaco), que decorrerá entre 25 de fevereiro e 4 de março, anunciou a organização.

A seleção deste ano contempla 170 trabalhos em competição, divididos em 11 categorias, entre longa-metragem, curta-metragem, documentário, série de televisão, filme escolar e filme de animação.

Na competição de longas de ficção figuram “Maputo Nakuzandza”, de Ariadine Zampaulo (Moçambique), e “Our Lady of The Chinese Shop”, de Ery Claver (Angola).

Nas longas documentais entra em competição também Carlos Yuri Ceuninck, com “Omi Nobu/L'homme nouveau” (Cabo Verde).

“Manhã de Domingo”, ficção do brasileiro Bruno Ribeiro, está incluída na competição de curtas-metragens, depois de ter vencido o prémio Urso de Prata do júri internacional na 72.ª edição do Festival de Berlim, em 2022.

Na secção Panorama, por Angola, é apresentada a longa-metragem de animação "Nayola", do português José Miguel Ribeiro, numa coprodução internacional que inclui Portugal, França, Países Baixos e Bélgica.

O filme, que deverá estrear-se nos cinemas portugueses em 2023, tem argumento de Virgílio Almeida, a partir de uma peça de teatro de José Eduardo Agualusa e Mia Couto, e a narrativa decorre entre 1995 e 2011, entre o final da guerra civil de Angola e os primeiros anos de paz no país.

A longa, que cruza animação em 2D e 3D, já conquistou vários prémios internacionais e vai abrir em fevereiro o Festival Internacional de Cinema de Animação - Anima, em Bruxelas, segundo revelou a organização.

A edição deste ano do mais importante encontro do cinema africano realiza-se sob o lema “Cinema africano e cultura de paz”, anunciou o delegado-geral do festival, Alex Moussa Sawadogo.

A 28.ª edição do Fespaco realiza-se no Burkina Faso, que viveu dois golpes de estado em 2022 e que se encontra desestabilizado por recorrentes ataques de grupos fundamentalistas islâmicos desde 2015.

O Fespaco, o principal evento de cinema da África, é realizado a cada dois anos em Ouagadougou e em cada edição, filmes de todos os formatos competem pelo ‘Etalon d'or’.

Desde 1969, quando foi criado, reuniu dezenas de milhares de espetadores e atores do mundo da 7.ª arte em Ouagadougou.

Das 15 longas-metragens que concorrem ao ‘Yennenga Gold Stallion’, o prémio mais importante, Camarões e Tunísia são os países mais representados com dois filmes em competição cada.

Os demais são do Burkina Faso, Senegal, Egito, Nigéria, Moçambique, Angola, Quénia, Maurícia, Marrocos e Argélia. Um filme da República Dominicana também foi selecionado.

O júri que atribuirá o ‘Étalon d'or’ será presidido pela produtora tunisiana Dora Bouchoucha.

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