Samuel L. Jackson desmistificou a temporada de prémios em Hollywood numa altura em que se fala de Óscares a propósito do seu novo filme "A Lição de Piano".

Com uma carreira de décadas em Hollywood, o ator já não precisa manter a fachada do discurso oficial de que a grande honra é ser nomeado e o prémio é um 'extra'.

“Estou na indústria há tempo suficiente para saber que quando as pessoas dizem ‘É uma honra ser nomeado’, não, não é”, disse durante uma entrevista à Associated Press, citado pela revista The Hollywood Reporter.

“É uma honra vencer”, acrescentou.

Jackson acrescenta que a temporada "normalmente é um concurso para o qual não nos voluntariamos" e a maioria das pessoas, seja dentro ou fora da indústria, se esquece de quem foi nomeado e qual era o filme, e até alguns dos vencedores.

Jackson só foi nomeado uma vez para um Óscar competitivo por "Pulp Fiction" (1994), mas ganhou um honorário em 2021.

Entrou em mais 150 filmes de todos os géneros, estilos e... qualidade.

Além de "Pulp Fiction", trabalhou com Quentin Tarantino em "Jackie Brown", "Kill Bill (vol. 2)", "Django Libertado" e "Os Oito Odiados" (e foi narrador em "Sacanas Sem Lei", 2009). Esteve às ordens de Spike Lee em "School Daze", "Não Dês Bronca", "Quanto Mais Melhor", "A Febre da Selva", "Oldboy: Velho Amigo" e "Chi-Raq".

Foi o Mestre Jedi Mace Windu na segunda trilogia "Star Wars" (1999–2005) e ainda é Nick Fury no Universo Cinematográfico Marvel desde 2008, destacado-se ainda filmes como "Die Hard 3 - A Vingança", "Passado Sangrento", "A Profissional", "Tempo de Matar", "187 - Condenação à Morte", "Eve's Bayou", "O Negociador", "O Violino Vermelho", "O Protegido", "Shaft", "Treinador Carter", "Serpentes a Bordo", "Black Snake Moan", "1408", "Kingsman: Serviços Secretos", "A Lenda de Tarzan", "Kong: Ilha da Caveira", "O Guarda-Costas e o Assassino" e "Glass".

Foi também a voz de Frozone nos filmes "The Incredibles".