"O grupo Dalian Wanda e o grupo Sony Pictures Entertainment Motion Picture alcançaram um acordo de cooperação estratégico", afirma um comunicado divulgado pelo conglomerado chinês, que tem como proprietário o magnata Wang Jianlin, considerado o homem mais rico do país.

Segundo os termos do acordo, a "Sony Pictures abrirá portas a investimentos do grupo Wanda nas suas produções e Wanda insistirá na componente chinesa nos filmes em que investir", destaca a nota oficial.

"A aliança contribuirá para reforçar a influência de Wanda na indústria mundial do cinema, o que significará um bom precedente para os produtores de filmes chineses nos seus investimentos no exterior", completa o grupo.

De acordo com a agência Bloomberg, Wanda poderia financiar até 10% de alguns filmes da filial do grupo japonês Sony.

O presidente da Sony Pictures, Tom Rothman, ressaltou que o mercado chinês "continua a crescer para os filmes de Hollywood".

"Esta aliança reforça de forma considerável a nossa capacidade para chegar diretamente a este público", completou, segundo o comunicado.

O grupo chinês, que começou no setor imobiliário, procura diversificar as suas atividades em todos os segmentos, especialmente serviços financeiros, lazer e desporto.

Em 2012, Wanda adquiriu a rede norte-americana de cinemas AMC Entertainment. Na China também possui uma grande rede de salas. Também comprou o estúdio Legendary ("Jurassic World", "Godzilla") e recentemente a Odeon & UCI, uma empresa de salas de cinema com sede em Londres.

Em julho, o Wall Street Journal informou que o conglomerado de Wang Jianlin estava em negociações para adquirir uma participação importante noutro estúdio norte-americano, a Paramount Pictures.

A cada vez maior influência do bilionário chinês, considerado um empresário próximo ao regime comunista, provoca críticas nos Estado Unidos, onde vários congressistas advertiram na semana passada que ele poderia estar a procurar "estender o controlo da propaganda nos meios de comunicação norte-americanos".