Após o domínio do verão nos EUA e em vários países europeus, «Guardiões da Galáxia» já era um grande sucesso ainda antes de chegar ao continente asiático. Não obstante, com as receitas do mercado chinês a explodirem 33%, o seu lançamento naquele país reveste-se de grande importância para consolidar a nível internacional o que será uma das grandes sagas dos próximos anos. Mas como traduzir para o mercado local «Guardians of the Galaxy»?

Acontece na maioria dos países: como alguns filmes têm títulos cuja tradução não resulta bem fora dos EUA, estes sofrem adaptações ou mesmo radicais alterações. É por isso que o «Army of Darkness» de Sam Raimi ficou no Japão como «Capitão Supermercado», «Annie Hall» de Woody Allen passou a «Neurótico Urbano» na Alemanha ou o clássico intemporal com Julie Andrews «The Sound of Music» transformou-se em «A Noviça Rebelde» no Brasil.

Em Portugal, existem bastantes exemplos, como «Lost in Translation», de Sofia Coppola, ficar «O Amor É um Lugar Estranho» ou «Million Dollar Baby» de Clint Eastwood necessitar do apêndice «Sonhos Vencidos», mas estes, ainda assim, não batem clássicos como o primeiro «Planet of the Apes» (1968) ficar «O Homem Que Veio do Futuro» ou «A Hard Day’s Night» (64) com os Beatles, por algum bizarro processamento mental, traduzir-se como «Os Quatro Cabeleiras do Após-Calipso».

Na China, a Marvel optou por uma curiosa adaptação de «Guardiões da Galáxia» de qual foi agora conhecida a tradução inglesa do mandarim: «Interplanetary Unusual Attacking Team» ou seja, «A Invulgar Equipa de Ataque Interplanetário». O que naturalmente soa algo estranho a ouvidos ocidentais, mas acaba por traduzir de forma bizarra as distintas qualidades do filme.

Resta saber como soa quando Star-Lord se vira para o vilão e diz que eles são «a invulgar equipa de ataque interplanetário»...