Acusado de assédio e violação por mais de 80 mulheres, Harvey Weinstein colocou-se numa entrevista no papel de pioneiro no apoio dado às mulheres para fazer cinema dentro da indústria de Hollywood.
"Fiz mais filmes realizados por mulheres e sobre mulheres do que qualquer cineasta e estou a falar de há 30 anos. Não de agora, quando está na moda. Eu fiz primeiro! Fui o pioneiro!", contou o produtor caído em desgraça ao jornal The New York Post.
A recuperar de uma operação às costas em Nova Iorque, Harvey Weinstein recusou falar sobre as acusações que enfrenta mas disse sentir-se um "homem esquecido" após o escândalo e queixa-se de que "tudo foi eviscerado por causa do que aconteceu. O meu trabalho foi esquecido".
O produtor não hesita em recordar que foi sua a decisão de dar a Gwyneth Paltrow, que o acusou de assédio, dez milhões de dólares pelo filme "Altos Voos" [2003].
"Foi a atriz mais bem paga num filme independente. Mais bem paga do que todos os homens", gaba-se.
O apoio a "Transmamerica", um filme de 2005 em que Felicity Huffman interpretava uma personagem transgénero, é outro dos exemplos que apresenta de filmes com importantes temas sociais produzidos ou distribuídos pelos seus estúdios Miramax e The Weinstein Company.
Harvey Weinstein também recorda o apoio que deu a Nova Iorque após o 11 de setembro, manifestando que "quero que esta cidade reconheça o que fui em vez do que me tornei".
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