Prometido há muitos anos, está finalmente pronto o livro que funciona como a sequela e prequela do clássico do cinema "Heat - Cidade Sob Pressão", o célebre "thriller" policial de 1995 que colocou frente a frente pela primeira vez Robert De Niro e Al Pacino, num agora lendário encontro de tréguas num café entre o ladrão e o polícia que o perseguia.
Escrito pelo realizador Michael Mann com Meg Gardiner (substituindo o anteriormente anunciado Reed Coleman), o livro "Heat 2" teve direito a trailer ao som de "God Moving Over The Face of the Waters", da icónica banda sonora do filme, a anunciar o lançamento a 9 de agosto.
"É uma mescla de 'prequela' de 'Heat' e de continuação do filme. É sobre tudo que acontece antes e depois do filme", explicava o realizador em 2016 durante uma entrevista à agência France-Presse.
"Heat - Cidade sob Pressão" foi um moderado sucesso comercial e convenceu principalmente a crítica. Muito elogiado pela sua fotografia e as longas cenas de ação, a longa-metragem deixou uma importante marca para muitos realizadores e cinéfilos.
"Havia tantos detalhes. A pergunta sempre foi: 'como fazer uma sequela?'. Assim, tivemos a ideia de fazer a continuação e, ao mesmo tempo, a 'prequela'", explicava Mann em 2016.
Sabe-se agora que a história vai saltar entre 1989 e 2002, portanto seis anos antes e sete anos depois do filme.
A história começa ainda em 1995, um dia a seguir ao fim do filme, com a tentativa de Chris Shiherlis (personagem de Val Kilmer), sobrevivente um grupo de criminosos liderados por McCauley (De Niro), de sair de Los Angeles, "seguindo para os santuários secretos de sindicatos do crime rivais de Taiwan nas zonas de comércio livre na América do Sul, para uma operação gigantesca de lavagem de dinheiro de um cartel de drogas no México e, eventualmente, para o Sudoeste Asiático".
Já a parte de 1989 decorre em Chicago e acompanha o passado das outras personagens que se conhecem de "Heat": McCauley, os cúmplices Charlene (Ashley Judd), Nate (Jon Voight), Tejo (Danny Trejo) e Kelso (Tom Noonan), além do polícia obstinado Vincent Hanna (Al Pacino).
Há seis anos, questionado sobre se pensava adaptar a seguir o livro para o cinema, Mann respondia que sim, mas que também poderia transformar a história numa série de televisão, numa declaração que pode vir a ser profética: "Prefiro um filme, mas tudo muda tanto e tão rapidamente que nunca se sabe".
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