Diane Keaton recebeu o 45º prémio de carreira do American Film Institute (AFI), entregue numa cerimónia de gala com a presença de amigos e colegas na quinta-feira à noite.

E quem o entregou foi Woody Allen, numa rara aparição pública, revelada mesmo no final da cerimónia no Dolby Theater de Los Angeles, com direito a ovação em pé da elite de Hollywood.

Colegas e amigos como Meryl Streep, Warren Beatty, Al Pacino, Steve Martin, Jane Fonda, Reese Witherspoon, Lisa Kudrow, Morgan Freeman, Emma Stone, Rachel McAdams e Sarah Silverman foram alguns dos que estiveram em palco para os tributos elogiosos, mas Allen optou por outra abordagem com aquela que foi, além da sua namorada, a atriz em oito dos seus filmes.

Além de a "arrasar" por ter sido abandonada por "meia dúzia dos homens mais carismáticos de Hollywood", o cineasta recordou que ficou fascinado quando a conheceu pela primeira vez porque ela era de Orange County, politicamente muito à direita, uma cidade em que "se ajudarem uma pessoa cega a atravessar a rua, eles acusam-vos de Socialismo".

O realizador continuou a fazer rir o público e ainda mais Keaton, ao referir que "a beleza dela não é convencional - por convencional quero dizer agradável aos olhos".

Ao fim de cinco minutos, porém, recebeu o maior aplauso ao fazer a síntese da relação pessoal e profissional: "Foi uma grande inspiração desde o primeiro minuto que a conheci. Muito do que alcancei na minha vida sem dúvida que o devo a ela".

Quando chegou a altura de aceitar o prémio, a atriz afirmou que a noite "foi uma experiência espantosa" e em vez de fazer um discurso, optou por interpretar uma versão de "Seems Like Old Times", que de forma memorável cantou em "Annie Hall", que lhe valeu o Óscar de 1977 e era precisamente de Woody Allen, que o escreveu para ela (o nome verdadeiro de Diane Keaton é Diane Hall).

O filme também ganhou os principais Óscares desse ano e lançou definitivamente as carreiras dos dois.

Diane Keaton foi ainda nomeada para o Óscar por "Reds" (1981), de Warren Beatty; "Duas Irmãs" (1996), ao lado de Meryl Streep e Leonardo DiCaprio; e "Alguém Tem Que Ceder", ainda com Jack Nicholson.

Entre os títulos icónicos em que também entrou estão "O Padrinho" (1972) e "O Padrinho, Parte II" (1974), também vencedores do Óscar de Melhor Filme, "O Grande Conquistador" (1972), "O Herói do Ano 2000" (1973), "Nem Guerra, Nem Paz" (1975) e "Manhattan" (1979), todos de Allen.

Filmes ainda importantes no seu percurso foram "À Procura de um Homem" (1977), "A Rapariga do Tambor" (1984), "Crimes do Coração" (1986), "Quem Chamou a Cegonha" (1987), os filmes "O Pai da Noiva" (1991-95), "O Clube das Divorciadas" (1996), "A Joia da Família" (2005) e "À Procura de Dory" (2016).

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