O novo filme de Will Ferrell e John C. Reilly chegou aos cinemas americanos no dia de Natal e está a ser massacrado pelos críticos. Pior: nem a Netflix o quis comprar para o seu serviço de streaming.

Formalmente, "Holmes & Watson" é uma comédia centrada nas famosas personagens literárias de Sir Arthur Conan Doyle, o detetive Sherlock Holmes e o seu ajudante, o médico John Watson, mas o consenso é que é repetitiva, sem piada e quase nada funciona.

Segundo avançou o Deadline, nem a Netflix se mostrou interessada em comprá-lo quando o estúdio Sony se tentou livrar dele após ler as más reações das sessões de teste com público e aperceber que tinha um potencial desastre em carteira. O filme teve um orçamento de 42 milhões de dólares.

Aparentemente desperdiçando os talentos da dupla de atores que teve resultados tão bons em "As Corridas Loucas de Ricky Bobby" (2006) e "Filhos e Enteados" (2008), bem como os de Ralph Fiennes, Hugh Laurie, Kelly Macdonald, Rebecca Hall e Steve Coogan, o jornal New York Times chega a dizer que passar álcool clandestinamente para dentro da sala é a única forma de conseguir apreciar o filme, enquanto o The Hollywood Reporter garante que é possível "sentir o suor do fracasso" a sair do grande ecrã.

"Holmes & Watson" chegou a ter uns chocantes 0% de opiniões positivas no popular "site" agregador de críticas Rotten Tomatoes, mas subiu entretanto para os 4% graças a uma crítica menos negativa de David Edelstein, crítico da Vulture, que garante que as células cerebrais não foram afetadas e algumas horas de descanso serão suficientes para se regenerarem.

Os críticos tiveram de ver o filme no dia de estreia, 25 de dezembro, porque a Sony não fez visionamentos para a comunicação social especializada nos EUA, o que costuma ser um indicador de falta de confiança,

Após render 6,4 milhões de dólares e receber também uma péssima nota D+ dos inquéritos aos espectadores, não se augura grande futuro nos cinemas face à forte concorrência de "Aquaman", "Bumblebee" e "O Regresso de Mary Poppins".

A estreia portuguesa será a 3 de janeiro.

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