Jodie Foster começou a carreira aos três anos como modelo de um protetor solar e entrou em séries e filmes infantis antes da revelação aos 13 como Iris, a prostituta adolescente de "Taxi Driver" (1976).
Mais tarde, os Óscares com "Os Acusados" (1988) e "O Silêncio dos Inocentes" (1991) colocaram-na definitivamente no patamar das melhores atrizes da sua geração.
Mas o momento de que mais se orgulha na carreira foi o papel que teve para que o filme francês "La Haine" chegasse aos Estados Unidos.
A preferência inesperada surgiu numa entrevista ao jornal The Sunday Times em que falou dos seus projetos mais recentes, como "O Mauritano", à espera da reabertura dos cinemas, mas também da sua longa carreira.
Questionada sobre qual dos seus filmes gostaria que as pessoas vissem "para sempre", a atriz indicou acreditar que o melhor que fez foi "Taxi Driver", de Martin Scorsese, seguido por "O Silêncio dos Inocentes", de Jonathan Demme.
Mas acrescentou logo a seguir: "Há um filme que nem sequer fiz, que ajudei a estrear nos Estados Unidos chamado 'O Ódio'. É aquele de que mais me orgulho, mesmo que não tenha nada a ver com o quão maravilhoso que é".
Um filme polémico, objeto de acesa polémica devido à ambiguidade da exposição do fenómeno da violência urbana, em particular a dos bairros degradados da periferia de Paris, Jodie Foster ficou tão impressionada quando o viu no Festival de Cannes de 1995 que se colocou em campo para garantir a distribuição comercial nos EUA através da sua produtora Egg Pictures.
O filme de estreia de Mathieu Kassovitz em que se destacava Vincent Cassel andava à volta da violência da juventude e da violência policial, acompanhando três jovens de origem étnica distinta a deambular por Paris num estado de agitação provocado pela morte de um amigo às mãos da polícia, que se vai agravando a pouco e pouco, até serem levados a um beco sem saída.
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