Em 2019, Matt Damon revelou numa entrevista que foi obrigado a recusar a proposta para o primeiro "Avatar".
Antes de começar a produção, o realizador James Cameron propôs-lhe 10% das eventuais receitas, apesar de lhe dizer que o filme não precisava de uma "estrela" e que, se ele recusasse, daria o papel a um ator desconhecido.
Problemas na agenda acabaram por ser a razão para a rejeição: a longa rodagem colidia com "Ultimato" (2007), o terceiro filme da saga "Jason Bourne". E o protagonista acabou por ser o então pouco conhecido ator australiano Sam Worthington.
O ator ainda não se conformou e a história tornou-se viral quando a repetiu no Festival de Cannes em 2021: "Ficarei na história. Nunca vão conhecer um ator que recusou tanto dinheiro".
Como as receitas foram de 2,79 mil milhões de dólares nas bilheteiras entre 2009 e 2010, o "prejuízo" para Matt Damon terá ficado na zona dos 250 milhões, o que seria facilmente o maior "cachet" único da história do cinema.
Passados mais de 13 anos desde a conversa, James Cameron riu-se assim que lhe mencionaram o nome de Matt Damon durante uma das entrevistas para promover a sequela "Avatar: O Caminho da Água".
"Ele está a martirizar-se por isso. Realmente penso, Matt, és uma das maiores estrelas do mundo, ultrapassa isso! Mas ele teve de fazer outro daqueles filmes Bourne que estavam no seu caminho e não havia nada que pudéssemos fazer sobre isso. Portanto, lamentavelmente ele teve que recusar", contou à BBC Radio 1 muito bem disposto.
Perante a hipótese de lhe arranjar um papel simbólico num dos próximos filmes da saga, o realizador não fechou as portas... com um detalhe.
"Devíamos fazer isso. Precisamos fazê-lo para que o mundo fique novamente em equilíbrio. Mas ele não terá 10%, isso que se lixe", esclareceu.
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