O drama Me and Earl and the Dying Girl, do realizador Alfonso Gómez-Rejón, foi hoje o grande vencedor da 31ª edição do Festival de Sundance, anunciou a organização numa cerimónia em Park City, em Utah.

O filme ganhou os prémios do Público e do Grande Júri para melhor filme dramático, com a história de um estudante de cinema que vê a sua vida ser interrompida quando a mãe o obriga a fazer amizade com uma aluna que tem leucemia. É o terceiro ano consecutivo em que o mesmo filme ganha os dois prémios, depois de «Whiplash - Nos Limites» em 2014 e «Fruitvale Station: A Última Paragem» em 2013.

Thomas Mann, Olivia Cooke e Connie Britton compõem o elenco do filme, a segunda longa-metragem da carreira de Gómez-Rejón, um realizador de raízes mexicanas, nascido em Laredo (no Texas) e que já trabalhou como assistente de realizadores de renome, de Alejandro González Iñárritu (realizador de «Babel» e «21 Gramas») a Martin Scorsese (em «Casino»).

«Isto é totalmente um sonho. Esta semana tem sido uma catarse incrível por muitas razões. Este filme significa muito para mim», afirmou Alfonso Gómez-Rejón, que dedicou o prémio do Público a todos os «jovens artistas» da sua cidade (Laredo) e da sua irmã de fronteira, a cidade mexicana Nuevo Laredo. No momento de receber o galardão do júri, o realizador assegurou que a sua longa-metragem foi uma homenagem à memória do seu pai.

O prémio do júri para melhor filme estrangeiro foi para a coprodução britânico-neozelandesa «Slow West», enquanto o prémio para melhor documentário internacional foi entregue a «The Russian Woodpecker».

«The Wolfpack», a história de uns jovens fechados em casa e criados à base de filmes, recebeu do júri o título de melhor documentário feito nos Estados Unidos.

Os vencedores de Sundance costumam receber excelentes críticas e brilhar nas principais cerimónias de prémios de Hollywood que se realizam mais tarde nesse ano, como mostra «Whiplash», candidato ao Óscar de Melhor Filme.