Meryl Streep colocou em causa o Rotten Tomatoes, o principal site norte-americana que agrega as críticas de cinema.

A vencedora de três Óscares considerou que toda a indústria cinematográfica americana estava a ser desviada pelo domínio dos críticos do sexo masculino, que acredita terem gostos e perspetivas diferentes das mulheres.

Os comentários foram feitos durante a promoção em Inglaterra do seu novo filme, "As Sufragistas", sobre o movimento dos direitos das mulheres na Grã-Bretanha nas primeiras décadas do século XX.

Após confessar a desilusão ao saber que 37 homens aparecem no site do New York Film Critics e apenas duas mulheres, que acredita fazer com que os gostos dos homens estejam constantemente a ter prioridade e a serem reforçados, o tema de conversa passou para o Rotten Tomatoes, que Streep diz ser a fonte de pesquisa mais influente para chamar a atenção para um filme.

"Nos EUA, quando as pessoas querem descobrir um filme para ver à noite, para ir ao cinema, vão a uma coisa chamada Rotten Tomatoes. Portanto, entrei bem, bem a fundo no Rotten Tomatoes", afirmou.

A estrela contou todos os críticos de ambos os sexos que fazem parte do Tomatometer, o medidor em percentagem positiva alcançado por cada filme, de acordo com a contabilização de críticas positivas e negativas.

"Existem 168 mulheres e pensei que isso era absolutamente fantástico e que se existissem 168 homens, seria equilibrado. Se fossem 268 seria injusto mas habituava-me, se fossem 360, se fossem 4... na verdade, são 760 homens que contribuem para o Tomatometer", esclareceu.

"Digo-vos que homens e mulheres não são o mesmo, gostam de coisas diferentes. Por vezes gostam do mesmo, mas por por vezes os seus gostos divergem. Se o Tomatometer orienta-se de forma tão grande para um conjunto de  gostos, claro que isso afeta os resultados comerciais nos EUA."

"O termo não é desanimador, é irritante. Porque as pessoas aceitam isto como sabedoria que lhes chega. Não é justo. Tem de ser idêntico", concluiu a atriz.