Herbert Lom nasceu em Praga em 1917, filho de membros da nobreza austríaca, e fugiu para Inglaterra em 1939, em consequência da iminente ocupação nazi. Por lá viveria até ao fim da vida, tendo falecido hoje em Londres, durante o sono, aos 95 anos.
Lom, que começou carreira no cinema checo, tive uma carreira vasta e ganhou relevo inicialmente em papéis de vilão numa grande variedade de filmes, que incluem os clássicos
«Noite na Cidade» (1950) e
«O Quinteto era de Cordas» (1955).
Na década de 60, brilhou mais em filmes de maior fulgor, incluindo os épicos
«Spartacus» (1960),
«El Cid» (1961), e, em dois dos seus raros papéis principais, em
«A Ilha Misteriosa» (1961), como Capitão Nemo, e na versão da Hammer de
«O Fantasma da Ópera» (1962), como a figura do título.
Porém, a personagem mais famosa da sua carreira foi a do Inspetor-chefe Charles Dreyfus, o sofredor chefe do desastrado Jacques Clouseau (
Peter Sellers) em vários filmes da série
«Pantera Cor de Rosa».
Entre os vários pontos altos da vasta carreira de Herbert Lom, merece também destaque o facto de ter sido ele o primeiro a interpretar o Rei do Sião na versão britânica da peça «O Rei e Eu», e de ter escrito dois livros, um deles sobre a Revolução Francesa, um dado curioso tendo em conta que ele interpretou duas vezes Napoleão Bonaparte: em 1942 em «Pitt, Vencedor de Napoleão» e na versão americana de
«Guerra e Paz», de 1956.
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